25 estados e o DF não atingiram a meta de vacinação contra a pólio e o sarampo

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A dois dias do final da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo, apenas o Amapá atingiu a meta de 95% de cobertura contra as duas doenças. Os dados foram contabilizados até ontem (30) pelo Ministério da Saúde. Mais de 2,5 milhões de crianças ainda não foram vacinadas.

A média brasileira de cobertura vacinal contra essas duas doenças está em 76%. Onze estados estão abaixo dela, sendo que Rio de Janeiro e Distrito Federal têm os piores índices. O estado de Roraima, que vive um surto de sarampo com 300 casos confirmados, precisa acelerar o ritmo de vacinação: tem a terceira pior taxa de cobertura.

Com esse cenário, a campanha de vacinação ganhou um dia extra. Neste sábado (1º), o país terá um segundo “Dia D” contra as doenças: todos os estados que não tiverem atingido os 95% de cobertura deverão abrir seus postos e unidades de saúde.

Esses 12 estados precisam intensificar suas ações de vacinação para alcançar a meta da campanha de vacinar 95% do público-alvo. É por meio da vacinação que vamos impedir que doenças já eliminadas retornem ao Brasil. É preciso que os gestores de saúde, bem como pais e responsáveis, se conscientizem da importância da vacinação contra essas doenças“, disse o ministro da saúde, Gilberto Occhi.

A campanha tem por objetivos:

  • Vacinar quem nunca tomou a vacina;
  • Completar todo o esquema de vacinação de quem não tomou todas as vacinas;
  • Dar uma dose de reforço para quem já se vacinou completamente (ou seja, tomou todas as doses necessárias à proteção).

Esse tipo de campanha que inclui o reforço da dose, informa o Ministério da Saúde, acontece de quatro em quatro anos e já estava prevista no orçamento da pasta. Esse ano, no entanto, a campanha é ainda mais importante dada à volta da circulação do sarampo no território brasileiro e a ameaça da poliomielite.

Quem deve ser vacinado?

  • Contra a poliomielite: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou. Em casos de nenhuma dose, será aplicada a Vacina Inativada Poliomielite. Em caso de uma ou mais doses, será aplicada a Vacina Oral Poliomielite, a famosa “gotinha”.
  • Contra o sarampo: crianças de 1 até 5 anos independentemente de quantas doses já tomou.
  • Não devem ser vacinadas: crianças de 1 até 5 anos que tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Casos de sarampo
O Brasil tem 1.553 casos confirmados de sarampo em 2018. Já em relação à paralisia infantil, trata-se de uma precaução, já que 312 cidades estão abaixo da meta preconizada para o controle da doença e um caso foi registrado na Venezuela em junho. Não há, contudo, casos de paralisia infantil no Brasil.

O país erradicou a poliomielite do território em 1994; já o certificado de eliminação do sarampo havia sido alcançado em 2016.

O ministério informou que para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a Vacina Inativada Poliomielite. Já os que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite, a famosa “gotinha”.

Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice Viral (que também protege contra caxumba e rubéola), seja qual for a situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.

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