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Anti-indivíduo pode ser alguém que você conhece
Os sentimentos mais característicos de um anti-indivíduo são inveja, ressentimento, descrença em si próprio e autocomiseração. Ele sente-se vítima do mundo e de todos. Trata-se não de uma falta de oportunidades, recursos ou direitos, mas de um defeito de caráter, um problema moral. Ele, não tendo senso de individualismo, é incapaz de amar o que tem de melhor. Substitui o amor próprio pelo senso de lealdade ao seu grupo. Ele precisa de um líder, de alguém que vá eximi-lo de suas responsabilidades individuais. Isso faz seu senso de comunidade ser patológico. Ele acaba com um líder que é seu espelho, no fundo. Um líder que é também um anti-indivíduo, que busca controlar outros porque não pode controlar a si mesmo, que procura a emasculação de indivíduos autônomos, que prioriza a igualdade e não a competição.

Se todos fossem formigas iguais, ele não mais teria que observar suas diferenças, que tanto o incomoda. A busca da igualdade suprime a liberdade individual, e a tirania pode ser um meio justificável para tão “nobre” fim. Os dissidentes e opositores do rebanho são apenas egoístas insensíveis, que podem – e devem – ser exterminados no processo dessa “maravilhosa” construção coletivista. Ninguém desperta tanta raiva nele quanto o indivíduo independente, que não liga para os dogmas do rebanho, que se basta sem precisar do consenso. Pensamento independente e questionamento são coisas que não combinam com o coletivismo. Não é coincidência que todo socialista perseguiu esses pensadores independentes, considerados traidores da causa. Calá-los na masmorra, num gulag ou no paredón era crucial para o projeto igualitário. Proibir os livros de George Orwell em Cuba tampouco é uma coincidência. 

Igualitários não querem melhores oportunidades para todos, nem uma qualidade de vida melhor para as massas. Querem a destruição do sucesso alheio. Querem a morte do individualismo. Querem o término da responsabilidade – habilidade de resposta – individual. Querem seguidores autômatos. Querem adeptos do rebanho bovino. Querem um formigueiro. Tem que ter muito complexo de inferioridade para desejar um mundo desses, sem indivíduos livres assumindo as próprias rédeas de suas vidas. Deve ser muito triste sofrer dessa patologia coletivista.

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