Após 8 anos de estudos, IPA de Belém do São Francisco-PE cria o Tomate Ferraz, que tem qualidades superiores aos do mercado atual

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A estação Instituto de Pesquisas Agronômicas – IPA, de Belém do São Francisco – PE, embora conte com apenas 25 funcionários, não mede esforços para ver a produção chegar a outras fronteiras; E foi exatamente, num estudo iniciado há 08 anos, que se abriu essa fronteira. Com cerca de 180 hectares de terra, que são rodeados pelo majestoso Rio São Francisco, o instituto, tem empreendido esforços gigantes a fim de atender as perspectivas e o objetivo de pesquisar novas variedades na agricultura. Há alguns anos atrás, começaram ali, estudos visando garantir ao mercado, sementes de cebola, cuja qualidade e genética, viessem a melhorar o produto. Com o passar dos tempos, viu-se a necessidade de fomentar estudos voltados também, para o tomate. Em paralelo aos investimentos, aumentavam também as pesquisas.

Transcorrido esse período, de quase uma década de estudos, o Engenheiro Agrônomo, Ednardo Ferraz e seu saudoso colaborador, Deusdethe, que faleceu recentemente, chegaram a um denominador comum, no que se refere ao Tomate Ferraz IPA 8, o qual, foi testado várias vezes, chegando ao que hoje, pode ser considerado um tomate por excelência. De Belém, a semente foi parar na Cidade de Frei Martinho – RN, sendo cultivado por um agricultor de nome Adriano, que faz questão de enaltecer o produto, visto que, o mesmo oferece frutos firmes, pesando entre 140 a 180 gr. Adriano está atualmente, com uma área de 3.000 plantas, o que estima numa produção entre 600 a 700 caixas de tomates. Todo o trabalho desenvolvido no Rio Grande do Norte, também foi acompanhado por Ednardo Ferraz, que fez questão de se dirigir aquela localidade, a fim de ver os diferenciais que poderiam surgir em relação a produção e qualidade em outras terras. Assim, ficou animado com o que viu, se dedicando cada vez mais, aos estudos do doce e saboroso fruto. O nome Tomate Ferraz, faz inclusive, menção ao sobrenome do engenheiro agrônomo, partindo dele, a iniciativa de estudar e melhorar a qualidade das plantas, por longos períodos ou décadas, sendo homenageado pelo Instituo de Pesquisas Agronômicos – IPA, de Pernambuco.

No início, ele nem queria que o fruto fosse batizado com seu nome, agindo assim, para evitar, que, alguém pudesse achar que estaria se autopromovendo, o que não é o caso, já que, Ednardo, com 43 anos de empresa, é um cidadão simples, que anda pelas ruas de Belém, despojado de quaisquer bens materiais, cumprimentando a todos que lhe rodeiam, com muita humildade.

De tanto dedicar seu tempo aos estudos que rodeiam o tomate, Ednardo já está em fase de implantação novas demandas estudantis, tentando melhorar cada vez mais, o precioso fruto. Finaliza o engenheiro, afirmando que há muita dificuldade e fragilidade em relação a política agrícola do País, mas se fortalece no dia a dia, juntamente com a equipe, a fim de buscar soluções para as crises. Acha que o IPA, Belém do São Francisco – PE, teve perdas gigantescas, principalmente quando se refere a falta de pesquisas e visitas que eram costumeiramente realizadas por técnicos de outras regiões do País. Diz ainda, que, se houvesse um investimento maior na área da agricultura da Nação, certamente chegaria até o IPA de Belém, uma nova e duradoura injeção de ânimo.

Atualmente, a empresa, em Belém do São Francisco – PE, que dispõe de 180 hectares de terra e mantém 25 funcionários, cultiva apenas, cerca de 14 hectares, o que poderia ser um diferencial, caso a totalidade de terra, recebesse maiores atenções e investimentos para incrementar a produção agrícola.

Por Charles Sá – Belém do São Francisco-PE

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