As incompreensíveis prioridades da política

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Pernambuco acompanha atenciosamente o andamento da política para as eleições de outubro deste ano, muitas movimentações chegam a causar estranheza e outras perplexidades pela forma nada democrática como vem sendo conduzida. Se bem, que o coletivo nunca foi prioridade para os principais caciques do estado, basta dar uma rápida olhada pelo retrovisor da política pernambucana. O filme que os pernambucanos vêm assistindo nos últimos dias muda apenas os atores, o enredo é o mesmo de tantos outros ao longo da historia e com o mesmo objetivo que é simplesmente priorizar alguém.

O PT nacional já se posicionou por meio de sua presidente, a prioridade em Pernambuco para o partido é o senador Humberto Costa. Olhando pelo retrovisor percebemos que Humberto sempre foi prioridade para o PT, tanto que na reeleição de Eduardo Campos para o governo de Pernambuco em 2010 foi o nome de Humberto que representou o partido na vitoriosa chapa majoritária sendo ele eleito senador da República. João da Costa que diga o que é ser vitima desse processo de priorização a Humberto, João foi rifado e perdeu a chance de ser reeleito prefeito do Recife em 2012.

Os ex-governadores, Miguel Arraes e Eduardo Campos, estiveram liderando o partido socialista ao longo de muitos anos, nesse período tanto o avô Miguel, quanto o neto Eduardo, atuaram priorizando o coletivo e nunca um individuo. Por isso o PSB conseguiu ao longo dos anos crescimento impressionante e está no comando do governo estadual desde 2007, no período pós-ditadura militar é o partido com o maior numero de mandatos de governo em Pernambuco. Este ano o PSB tem atuado de forma semelhante ao PT, os bastidores da política dão conta que para o PSB e o governo do estado a prioridade é João Campos.

Priorizar uma peça no jogo político é inevitavelmente um erro que poderá custar caro para a coletividade, a história tem mostrado e os resultados tem sido impiedosos com os individualistas. Se o PT mantiver Humberto como prioridade absoluta, estará sacrificando um projeto coletivo. Se o PSB de igual forma levar adiante o projeto individual de João Campos, nomes históricos do partido poderão ser sacrificados e mandatos comprometidos. Ou PT e PSB reanalisam suas políticas internas, ou vão terminar morrendo os dois abraçados em 7 de outubro.

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