Avança aliança entre o PT e o PSB de Pernambuco

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A saída de João Paulo do PT, secundada pela do ex-vereador Osmar Ricardo, teve por objetivo esvaziar o partido na capital, tornando praticamente impossível o lançamento da candidatura da vereadora Marília Arraes ao Governo do Estado.

Tivesse o PT unido em torno da candidatura própria, ela teria condições de viabilizar-se, pois apesar do desgaste que o partido enfrenta por causa da condenação de Lula, ainda há uma parcela da opinião pública que acredita no petismo e acha que o ex-presidente Lula foi injustiçado. Então, em vez de ficarem no partido se digladiando com a neta de Miguel Arraes, os dois petistas desembarcaram direto na Frente Popular. Filiaram-se ao PCdoB que é apêndice do PT em nível nacional e do PSB em nível regional, a ponto de ter-se negado a apoiar os dois últimos candidatos petistas à prefeitura do Recife.

Junte-se a isto a viagem do governador Paulo Câmara a Curitiba, na última terça-feira, junto com mais oito governadores, para levar sua solidariedade ao ex-presidente, fato que foi descrito pelo senador Humberto Costa e o presidente regional do PT, Bruno Ribeiro, como mais um fator de “aproximação” entre os dois partidos. No entanto, ainda falta haver acerto sobre a eleição presidencial. O PSB marchará com o pré-candidato do partido, Joaquim Barbosa, com o candidato do PT, ou não apoiará ninguém para não atrapalhar as alianças regionais? Isto é o que ainda não está claro na relação entre os dois partidos.

Golpista, não! – Chamado de “golpista” pelo vereador de Petrolina, Gilmar Santos (PT), numa audiência pública em que se discutia a requalificação da rodovia que dá acesso ao distrito de Rajada, o deputado Gonzaga Patriota (PSB) deu um “chega pra lá” no petista. No dia seguinte, 23 vereadores do PT de todas as regiões de Pernambuco subscreveram uma nota de solidariedade ao colega.

A religião > Além de André Ferreira, que se lançou candidato a senador pelo PSC, outro evangélico de Pernambuco estará na disputa por uma das duas cadeiras. É o pastor e cantor gospel Jairinho, que se lançou candidato no 3º Congresso Nacional da Rede Sustentabilidade.

Pode ou não? > A Justiça deveria esclarecer de uma vez por todas se os partidos políticos têm ou não autonomia para tratar de suas questões internas. Se essa competência estivesse clara, não estaria havendo briga judicial pelo controle do MDB e do PPS pernambucanos.

A expansão > Apesar de ser o partido com o maior número de deputados e ex-deputados envolvidos no “mensalão” e na “Lava Jato”, o PP foi quem mais cresceu na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa com a “janela partidária”. Em PE passou de 6 para 12 deputados estaduais.

De casa > O deputado e ex-prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo, que trocou o PSB pelo PP, já constituiu em sua cidade uma nova comissão provisória para gerir o partido. A irmã Marileide (“Balazinha”), vereadora e pré-candidata a deputada estadual, é a nova presidente.

Sem concurso > Se a Justiça não considerar inconstitucional a Lei Municipal nº 18.741/18, de iniciativa de Geraldo Júlio (PSB), que autoriza o prefeito do Recife a celebrar contratos temporários por 4 anos, prorrogáveis por mais 4, é melhor acabar logo com o concurso público.

FolhaPE

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