Bolsonaro é recebido por Trump na Casa Branca

0

O presidente Jair Bolsonaro acaba de ser recebido pelo líder americano, Donald Trump, no Salão Oval da Casa Branca. O governante brasileiro mudou o destino da sua primeira viagem como presidente, tradicionalmente para a Argentina, e escolheu os Estados Unidos, país com o qual pretende construir uma parceria profunda na área econômica e de segurança, e ainda alinhar-se na política externa.

A expectativa é de Trump elevar o Brasil à condição de “maior aliado dos Estados Unidos fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan)”, o que tornará o país apto ao acesso prioritário à tecnologia militar americana.

Bolsonaro deixou a Blair House, residência oficial para convidados, às 12h57 (em Brasília), em direção à Casa Branca. Um grupo de dez brasileiros o esperava na rua com câmeras e bandeiras do Brasil e, ao vê-lo sair, gritou: “Mito!” Para sua saída do presidente, os agentes do Serviço Secreto americano retiraram as pessoas da entrada Noroeste da Casa Branca e seus arredores.  Às 13h03, ele foi recebido por Trump na entrada com um aperto de mão.

O americano tem especial interesse em atrair maior apoio do governo brasileiro a suas pressões contra o regime de Nicolás Maduro, da Venezuela. Encontrará em Bolsonaro razoável suporte, mas não total. A ala militar de seu governo resiste a aderir às aventuras militares americanas no país vizinho e ainda terá de ser convencida a mediar um diálogo com os comandantes venezuelanos, para que desistam de sustentar Maduro e passem a apoiar o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó.

Temos de resolver a questão da nossa Venezuela”, afirmou Bolsonaro na segunda-feira 18, em evento para empresários americanos e brasileiros em Washington. “Aquele povo tem de ser libertado e, para isso, precisamos do apoio dos Estados Unidos.

O Brasil de Bolsonaro pretende concluir as negociações para a facilitação de trâmites aduaneiros com os Estados Unidos até o final do ano, engajar-se em conversas preliminares sobre um acordo de investimentos, tratar da possibilidade futura de discussão de um tratado de livre comércio entre Washington e o Mercosul e expandir as áreas de cooperação bilateral.

De concreto, houve apenas a assinatura, na segunda-feira, do acordo de salvaguardas tecnológicas para o uso da base de Alcântara, no Maranhão. O acerto dará aos EUA acesso à base, que tem posição geográfica excelente para o lançamento de foguetes, e permitirá o ingresso do Brasil em um mercado que fatura 3 bilhões de dólares ao ano.

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome