Câmara dos Deputados aprova PL que garante plástica reparadora de mama no SUS

0

Olhar-se no espelho e sentir-se bem consigo mesma é essencial para o bem-estar e a saúde mental de qualquer mulher. É importante aprender a gostar do seu próprio corpo para garantir a autoestima e confiança, principalmente numa sociedade que cria e impõe padrões estéticos, muitas vezes inatingíveis, em cima dos corpos femininos.

Para as mulheres que já enfrentaram o câncer de mama, a garantia dessa autoestima fica ainda mais delicada. Uma vez que muitas delas precisaram retirar uma, ou até as duas mamas, para combater a doença, torna-se mais difícil se enxergar feminina novamente.

Na última terça-feira (4), mulheres submetidas ao tratamento do câncer de mama puderam comemorar a aprovação, na Câmara dos Deputados, de um projeto de lei que garante a cirurgia plástica reparadora pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, a cirurgia torna ambas as mamas simétricas, além da reconstrução das aréolas mamárias. O documento agora vai para sanção presidencial.

Desde 2013, pacientes já podem fazer a reconstrução mamária na rede pública por direito, graças à Lei 12.802/13, contudo não abrange ambas as mamas. De acordo com informações da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA), a proporção nos últimos cinco anos é de apenas uma cirurgia de reconstrução a cada 7,5 mastectomias realizadas. Em 2016, foram realizadas 10.442 mastectomias e apenas 1.396 reconstruções.

Segundo pesquisa lançada este ano pela FEMAMA, em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, a Johnson & Johnson Medical Devices e o instituto Ideafix, 44% das mulheres identificam sentir-se feminina como principal benefício da cirurgia. Para 28%, a plástica reparadora diminui a sensação de mutilação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome