Caso Beatriz: O médico legista George Sanguinetti volta a fazer comentários sobre as investigações do crime

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George-Sanguinetti

O médico legista George Sanguinetti, que participou da investigação de vários casos de repercussão nacional, voltou a fazer comentários sobre o assassinato da menina Beatriz Mota, morta a facadas, durante uma festa de formatura no Colégio Maria Auxiliadora, em Petrolina (PE), em dezembro de 2015. O suspeito até o momento não foi preso.

Em sua página no Facebook, Sanguinetti diz que, a imagem de um provável suspeito andando em frente ao colégio, divulgada pela polícia em dezembro de 2106, é muito pouco.

“E por não ter nada provado, divulga-se que é a imagem do suspeito, do autor” diz o médico legista no seu comentário publicado nesta quinta-feira (4).

Confira a íntegra do texto

Reflexões sobre um bárbaro homicídio impune. O caso Beatriz – Petrolina.

Há mais de dois anos ocorreu o crime hediondo. Durante uma comemoração de formatura, num tradicional colégio católico de Petrolina, estavam presentes os pais, amigos e uma grande quantidade de pessoas, entre as quais educadores, alunos, familiares e pessoas da comunidade.

Uma noite festiva que termina em fatalidade. Quarenta e duas facadas são desferidas no corpo de uma criança de 7 anos, por motivo até hoje não esclarecido. Quanto ao autor, até hoje não foi incomodado e dificilmente o será, pois não há provas técnicas.

E o que se faz é divulgar uma imagem, obtida em frente ao colégio, de um indivíduo que circulara na festa. É muito pouco. E por não ter nada provado, divulga-se que é a imagem do suspeito, do autor.

A contribuição da cena do crime, ou seja, do local da morte, não permitiu estabelecer nexo de causalidade. E este mesmo local, fotografado e “levantado” pela Polícia Técnica, alguns meses depois, é descartado e outro local é apontado como provável cena do crime.

Além disso, um segredo de Justiça, na investigação policial, impede de analisar os elementos colhidos, ou outros vestígios e indícios menos perceptíveis que possam ter sido ignorados por falta de atenção ou mesmo desconhecimento. Insisto no visum et repertum.

Voltar ao local, verificar as fotografias forenses ampliadas, a disposição das manchas de sangue para estabelecer a dinâmica do evento, mensurar todos os vestígios de maneira metodológica.

Creio que o local da morte foi aquele onde o corpo foi encontrado; o autor conhecia muito bem o colégio, já que em tempo limitado, conduziu Beatriz ao local da execução (uma sala isolada e fora de uso), onde não foi visto. Não foi aleatório. Conduziu à morte, a criança que queria conduzir, quando quis conduzi-la.

Alguém o ajudou, um cúmplice, não a desferir os golpes, mas a vigiar o local enquanto o homicida agia. Este último, continua convivendo com as pessoas, na cidade de Petrolina, até os dias de hoje.

Não foi incomodado. Quanto às imagens do vídeo divulgadas nacionalmente, não há quaisquer provas que fundamentem culpa. A Polícia ainda não obteve êxito na investigação.

“O tempo que passa é a verdade que foge” (Edmond Locard).

Blog do Waldiney Passos

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