Em Abaré reflexos da ausência dos médicos cubanos já são sentidos pela população

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Das 8 (oito) unidades básicas de saúde da família apenas quatro contam com profissionais e hospital enfrenta as consequências com o acúmulo de pacientes para atendimento.

O fim do acordo de cooperação entre Cuba e Brasil que levou a retirada imediata de pelo menos 8.300 médicos do país tem impactado negativamente nos municípios que contaram com esses profissionais até os últimos dias. Em Abaré, norte da Bahia, as consequências já são sentidas pela ausência de três desses médicos que atuavam na atenção básica especificamente nas 02 unidades da sede, bem como no Projeto Pedra Branca. Além disso, o distrito Icozeira já enfrenta a falta do profissional há alguns dias, em virtude da dificuldade de contratação devido o difícil acesso da localidade.

Com a falta dos médicos o município tem enfrentado situações atípicas de impacto financeiro considerável visto que todos os casos que necessitam da atenção desses profissionais são encaminhados diretamente ao hospital municipal, ainda que sejam situações que não demandem urgência/emergência. Nas localidades mais distantes como o Projeto Pedra Branca e Icozeira, qualquer caso que inspire atenção médica é encaminhado para a sede por meio de ambulância ou veículo estão à disposição das Unidades de Saúde representando aumento nas despesas com combustível e maior desgaste nos veículos.

No hospital, a situação preocupa, pois todos os casos da sede e dessas localidades estão sendo direcionados para o atendimento do plantonista ocasionando sobrecarga ao setor de urgência/emergência.

Segundo a secretaria municipal de saúde Raquel Ferraz a situação tende a se agravar caso não haja a reposição dos profissionais com maior brevidade possível pelo governo federal já que à medida que os dias se passam a procura pelo atendimento aumenta e no descontrole sanitário ocasionado pela falta da atenção básica podem surgir casos mais complexos como piora no quadro clinico de pessoas que eram acompanhadas constantemente pelos médicos da família. “Estamos trabalhando em meio ao risco de colapso no atendimento e dependemos dos médicos para suprir as demandas da atenção básica nessas unidades. Sem a presença desses profissionais o município pode passar por momentos difíceis no tocante à saúde pública porque é muito difícil oferecer o serviço que é prioridade sem a presença desses profissionais”, pontuou Raquel que assegurou que a contratação de um novo médico para suprir as demandas do Distrito Icozeira está dependendo da localização de algum interessado já que naquela unidade básica o atendimento é oferecido por profissional contratado diretamente pelo município.

ASCOM

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