Especialistas alertam para cuidado com queimaduras de fogos de artifício

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Neste mês de junho as ocorrências de queimaduras aumentam e, este ano com Copa do Mundo, as ocorrências com fogos de artifício só crescem também. Médicos alertam para os cuidados e orienta as vítimas como agir no caso de uma emergência.

As crianças, geralmente, sofrem mais com esses acidentes devido à área corporal ser menor, o que confere gravidade à queimadura, visto que quanto maior a área do corpo atingida, maior o risco de complicações, sequelas e até de morte.

O médico Marcos Barreto, chefe do setor de Queimados do HR, diz que muitas pessoas costumam usar combustível para acender as fogueiras juninas. “Todo cuidado é pouco. É um risco muito grande, principalmente para aquelas pessoas que nunca acenderam uma fogueira antes”, disse.

Queimaduras de primeiro grau são mais comuns. Elas são mais fáceis de tratar, causam dor e vermelhidão na pele. Já as de segundo grau, provocam lesões bolhosas, dor mais forte e vermelhidão, e as de terceiro, são as mais profundas. Podem atingir órgãos e destrói a camada da pele, causando infecções.

A tutora de Enfermagem da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Camila Ribeiro explica que queimaduras em áreas da genitália, extremidades, pescoço ou face, mesmo que pareçam inocentes, devem ser avaliadas por um profissional em serviço de pronto atendimento. “Ao queimar-se, a pessoa deve remover imediatamente vestes e adornos (anéis, pulseiras, brincos) da área atingida e lavar com água fria e limpa, a fim de aliviar a dor, de resfriar o local e evitar a propagação da queimadura”, orienta a enfermeira.

Especialistas também desaconselham receitas caseiras. Assim, não se deve colocar abrasivos como creme dental, nem temperos, itens culinários ou pós, como talcos para os pés ou talco de bebê. Segundo Camila, no caso de contato com pólvora ou cinzas nos olhos, a orientação é lavar com soro fisiológico ou água fria e limpa, e não esfregar o local. “Já se a lesão for causada por explosão, deve-se proteger os olhos e, em ambos os casos, seguir para um serviço de emergência geral ou oftalmológica”, esclarece.

CASOS GRAVES – Hoje as queimaduras decorrentes de combustíveis (gasolina, querosene, álcool) utilizados em substituição ao gás de cozinha também têm causado grande preocupação e lotação dos serviços que realizam atendimento de queimados. “Isso se deve principalmente a lesões graves, que muitas vezes decorrem de explosões, e que frequentemente atingem maior superfície corporal, a exemplo do que ocorre com fogos de artifício” explica Carina. Nesses casos, é melhor sempre procurar a ajuda de um especialista médico.

Precauções a serem tomadas:

– Evitar o uso de fogos por crianças, e, se isso ocorrer, que seja com a supervisão de um adulto e obedecendo à respectiva indicação de idade;

– Ter muito cuidado com as roupas, inclusive com trajes matutos das meninas, que tem muitos babados, fitas e material sintético que pegam fogo rapidamente e que basta uma fagulha acesa para incendiar a roupa por completo;

– Não ficar próximo a pessoas soltando fogos nem jogar qualquer coisa na fogueira, mesmo que não seja explosiva;

– Jamais tentar apagar fogos com os pés ou conferir de perto se estão ou não acesos, porque se apenas parecer estar apagado, certamente explodirá e poderá causar danos;

– Não consumir bebida alcoólica antes de manusear fogos e fogueiras, pois seu nível de atenção nunca será o mesmo e qualquer descuido pode ter consequências severas e/ou irreversíveis;

– Não permitir o trânsito/circulação de crianças em locais onde haja fogueiras, alimentos cozinhando e, sobretudo, manter o cozimento e os alimentos prontos com cabos das panelas voltados para dentro e sempre nas bocas de trás do fogão. Muito cuidado também com o transporte, se certificando sempre se o caminho está livre e se você suportará o peso da panela com o alimento quente ou fervente, mantendo o cuidado de proteger-se com luvas isolantes térmicas.

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