Gasolina sobe em 25 estados brasileiros

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou, ontem (17), o levantamento semanal com o preço dos combustíveis em todo o Brasil, no qual apresentou aumento em 25 estados. Segundo os dados coletados pela agência, entre os dias 9 e 15 de setembro, o preço médio da gasolina nas bombas de todo o Brasil está em R$ 4,628, com máxima de R$ 6,290, em Tocantins, e mínimo de R$ 3,899, em São Paulo.

Em Pernambuco, segundo o levantamento, o preço médio está em R$ 4,441, com o combustível mais caro sendo comercializado em Petrolina. Lá, o litro da gasolina não sai por menos que R$ 5,139. Já o preço mais barato foi conferido na capital pernambucana, com o litro comercializado por R$ 4,099, podendo chegar a R$ 4,690.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), Alfredo Ramos Pinheiro, o preço mais alto em Petrolina está associado ao valor do frete e à pouca concorrência. “O frete para Petrolina é mais caro e deixa o combustível lá em média R$0,30 mais caro do que na capital. No Recife, embora o valor do combustível tenha aumentado após a última alta nas refinarias, assim como a própria ANP atestou, tem uma da gasolina mais barata do País, devido à concorrência”, comentou o sindicalista.

A informação do sindicalista foi confirmada pela reportagem, que constatou que, na Rua São Miguel, em Afogados, por exemplo, conhecida por praticar o menor preço da cidade, o litro de gasolina, apesar de ter aumentado de R$ 4,099, não passava nessa segunda de R$ 4,18.

Também Zona Oeste, na Caxangá, em alguns postos, os preços, no entanto, seguem dentro da média divulgada pela ANP, cerca de R$ 4,58. Vale lembrar que após atingir, na última sexta, o maior valor desde o início da nova política de preços, em julho de 2017, quando o preço nas refinarias chegou a R$ 2,2514, a Petrobras tem utilizado o mecanismo de hedge.

Por ele, a estatal pode optar em segurar por até 15 dias o valor do combustível em suas refinarias. “Tal estratégia permitirá maior flexibilidade na frequência de reajustes, mas não alterará o resultado final das variações do preço da gasolina decorrentes dos movimentos de elevação ou de queda na cotação internacional e na taxa de câmbio, ao final de cada período”, afirma a Petrobras. Pelo seu site, ao menos até hoje, a estatal deve continuar segurando o repasse diário nas refinarias, mesmo com a queda no preço da moeda americana, que fechou ontem em R$ 4,12.

No semana passada, quando foi implantado o hedge, o dólar era de R$4,20. “Com a queda do dólar e a manutenção do hedge, a Petrobras ganha mais por dia, porque não repassa de imediato aquele reajuste (para baixo) para o consumidor final”, alerta o mestre e professor de economia, Tiago Monteiro. Para ele, quando se tem uma amarra de preço baseado em cotações passadas, essa operação pode estar sendo feita em um patamar exorbitante frente às últimas cotações, como foi o caso da última sexta.

Diesel
Segundo levantamento, o diesel se manteve estável. No Brasil, o combustível teve um valor médio de R$ 3,638. O valor mínimo praticado foi de R$ 3,139 e máximo R$ 4,950. Em Pernambuco, o combustível variou entre R$ 3,640 a 3,789 com valor médio de R$ 3,695.

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