Governador da Bahia vê ‘atos condenáveis’ em greve da Polícia Militar

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O governador da Bahia Jaques Wagner (PT) fez um pronunciamento em rede estadual de rádio e TV nesta sexta-feira para falar sobre as providências que o governo adotou para conter os atos de violência que se espalharam pelo Estado depois da greve de policiais militares.
O governador afirmou que policiais utilizaram “métodos condeáveis”  e “difundiram medo em meio à população”.
Em 16 horas, entre 00h12 e 16h, foram registrados 20 homicídios em Salvador e região metropolitana.
Entre as medidas adotadas, 2.350 militares do Exército, Marinha e Aeronáutica reforçam a segurança pública estadual. Neste sábado (4), chegarão mais 600 homens.
“Estamos tomando todas as providências para garantir a segurança dos nossos cidadãos”, disse Wagner, que também pediu a todos os policiais que retomem os trabalhos.
Segundo Wagner, o governo agiu imediatamente “para conter as ações de um grupo de policiais que, usando métodos condenáveis e difundindo o medo na população, chegou a causar desordem em alguns pontos do nosso Estado”. O governador disse não aceitar que “um pequeno grupo, de forma irresponsável, cometa atos de desordem para assustar a população”.
Wagner ressaltou que homens da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas já estão nas ruas. Segundo ele, 12 mandados de prisão foram emitidos.
Sobre as negociações com as associações que têm legitimidade para representar a corporação, o Wagner afirmou que o Governo sempre esteve aberto para o diálogo. “Foi com democracia que garantimos conquistas importantes como o aumento real do salário, investimos na compra de quase três mil viaturas e mais de nove mil homens foram incorporados ao efetivo policial”.
O governador enfatizou ainda que os gestores estaduais, ele inclusive, têm a consciência de que é preciso melhorar as condições de trabalho das polícias. “Vamos seguir em frente trabalhando com muita determinação para garantir a segurança pública e a tranquilidade do povo baiano”. Para o governador, “a PM do estado da Bahia, centenária milícia de bravos e defensora da paz, não pode se transformar num instrumento de intimidação e desordem”.

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