Greve da PM gera crise na Bahia; 94 mortos no Estado

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A duas semanas do Carnaval, a Bahia sofreu nesta segunda-feira pelo sexto dia seguido uma crise gerada pela greve de policiais militares que tem sido marcada por um grande número de homicídios no período, 94 desde a última terça-feira.
Mais de 3 mil tropas federais foram mobilizadas para tentar sufocar o protesto e garantir a segurança da população e dos milhares de turistas esperados para passar o Carnaval no Estado.

Os grevistas ocuparam a sede da Assembléia Legislativa e o local foi cercado por 1.000 homens do Exército, que entraram em confronto com manifestantes que tentaram entrar no local nesta segunda.

Membros das Forças Armadas usaram balas de borracha e bombas de gás para dispersar os manifestantes, que queriam se juntar a cerca de 200 policiais militares e seus familiares que ocuparam a Assembléia estadual.
O governo do Estado diz que está negociando com os grevistas, que, liderados pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), pedem reajuste salarial, aumento das gratificações e anistia aos participantes da paralisação.
A greve, de acordo com estimativas da Polícia Militar do Estado, atingiu cerca de 20 por cento da força de 31 mil homens.
“Estamos com duas frentes de negociação. Uma em relação à desocupação (da Assembléia), e outra em relação ao movimento”, disse à Reuters o secretário de Comunicação do governo baiano, Robinson Almeida.
Segundo o secretário, a administração do governador Jacques Wagner (PT) já ofereceu reajuste salarial de 6,5 por cento retroativo a 10 de janeiro e está aberta a negociar as gratificações.  
Por Eduardo Simões

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