Irrigação usada no Peru pode ser adaptada para o Nordeste.

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Uma comitiva do governo federal, formada por representantes de quatro ministérios (Integração Nacional, Agricultura, Meio Ambiente e Planejamento, além de Embrapa e Codevasf) foi conferir de perto os avanços na cultura irrigada de cana de açúcar em Trujillo, cidade de clima desértico a 800 km de Lima, no Peru – uma das regiões mais secas do planeta: chove em média apenas 60 mm ao ano.
As técnicas em irrigação podem ser adaptadas para o nordeste brasileiro  dentro do “Mais Irrigação”, um programa que visa implantar 200 mil novos hectares de perímetros irrigados no semiárido brasileiro, com a geração de 500 mil empregos diretos e indiretos, e investimentos de 10 bilhões de reais, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de parcerias público-privadas.
“A cana de açúcar é uma opção para aumentar a geração de emprego e renda no nordeste, e o que vimos no Peru serve de exemplo: numa região extremamente seca a irrigação por gotejamento com precisão possibilitou aumento na produção, com impactos positivos na economia local”, afirmou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.
Dois perímetros irrigados foram visitados nesta quarta-feira (23): Usina Casa Grande, com 40 mil hectares de cana de açúcar, sendo 2 mil por gotejamento; e a Usina Laredo, com 10 mil ha, sendo 2 700 ha de gotejo. Ambas utilizam tecnologia da multinacional Netafim. Em relação ao meio ambiente, a cana de açúcar é uma planta do tipo C4, que permite uma eficiência de 100% de retenção do carbono absorvido.
Com o gotejamento, o ciclo de corte no primeiro ano ficou mais rápido, passou de 18 para 12 meses. A produtividade é de 10 toneladas (18 meses) e de 15t (12 meses). No Brasil, com irrigação de salvamento, a produtividade gira em torno de 80t por ano.

Por: João Bonetto
Ministério da Integração Nacional

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