Mãe relata último dia com filha assassinada e diz que não esquecerá

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Rosana Maciel Guimarães ainda não voltou para a casa em que morava com a menina de 12 anos

“Não vou deixar esse caso cair no esquecimento”. A jura foi feira por Rosana Maciel Guimarães, que ainda não conseguiu voltar para a casa, na qual morava sozinha com a filha, Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos. Desde que a morte da estudante foi confirmada, a professora municipal de 39 anos deixou a cidade de Araçariguama, em São Paulo, e está em Santo André.

A professora não conseguiu nem mesmo ir ao sepultamento, que foi no último domingo (17), um dia depois do corpo ter sido encontrado. Rosana passou mal e ficou com os parentes.

A menina desapareceu na sexta-feira (8). Ela conta que acordou a filha para ir à escola, preparou o café da manhã, e a ajudou a se arrumar.

Apesar de sempre ir sozinha, neste dia, Vitória Gabrielly foi de carona com com o tio. Ao sair das aulas, almoçaria com a tia, mas acabou chegando tarde. Em seguida, ligou o computador para falar com o pai, a quem pediu dinheiro para um passeio da escola. Pegou os patins e saiu. Não falou com ninguém.

Rosana chegou em casa por volta das 17h30, mas foi perceber a ausência da filha por volta das 18h30, quando ligou para a irmã, para o ex-marido e para amigas. Quando descobriu que a amiga com a qual Vitória Gabrielly iria patinar tinha desistido, foi até o ginásio. Como não encontrou a filha, foi à delegacia, onde registrou boletim de ocorrência. A polícia pediu, no entanto, que esperasse 24h para registrar, como é de praxe.

A mãe foi às redes sociais pedir ajuda. O post conseguiu, em menos de uma hora, mais de 800 compartilhamentos. O aviso de que o corpo da menina tinha sido encontrado veio oito dias depois, e foi dado pelo irmão dela.

Quando confirmaram que era ela, meu mundo desabou. Como voltar para minha casa sem a minha filha? Não consegui fazer isso até hoje. Minha vontade é não voltar nunca mais”, disse a mãe à Veja.

Rosana diz não ter ideia do que possa ter acontecido com a filha. Nesta quarta-feira ela irá depor novamente na delegacia de Araçariguama, onde a investigação sobre o caso está sendo feita sob segredo de Justiça.

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