Nova safra de goleadores desponta no Brasil

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O futebol nacional é reconhecido mundialmente como o maior celeiro de craques da modalidade. Afinal, foi no Brasil que surgiram – e ainda nascem – jogadores de habilidade única, capazes de dribles desconcertantes e arrancar aplausos das massas. Mais que atletas, fabricamos verdadeiros artistas da bola. E essa não é nossa única especialidade. Aqui também sempre apareceram centroavantes de alto calibre. Trata-se daquele atacante que joga mais avançado e possui um . Embora nas décadas passadas nomes como Careca, Romário, Ronaldo e Adriano tenham matado nossa sede de gols, nos últimos anos, poucos especialistas da posição se destacaram – ao menos em alto nível. De 2017 para cá, entretanto, ao menos três potenciais goleadores despontaram em nosso país: Pedro (Fluminense), Richarlison (Everton) e Felipe Vizeu (Udinese). São eles que renovam a esperança de a Seleção Brasileira possuir, novamente, um matador classe A.

Dos citados, quem parece viver melhor momento é o atleta do Fluminense. Aos 21 anos, Pedro começou a ter suas primeiras chances no Tricolor do Rio de Janeiro há pouco tempo. Em 2016, entrou em quatro partidas, sem obter muito destaque. Na temporada passada, o atacante, de 1,85m, começou a dar mostras de seu talento. O então garoto fez sete gols e pintou como uma das esperanças do clube para 2018. Dito e feito. E a titularidade absoluta foi recompensada. No Campeonato Carioca, com sete gols em 13 jogos, o prata da casa foi o maior goleador do torneio. No Campeonato Brasileiro, mais uma vez o atleta comprova a sua importância. É o artilheiro do certame – anotou dez vezes em 19 jogos – e marcou praticamente metade dos gols do Flu na Série A. O reconhecimento não poderia vir de outra forma. Pedro foi convocado para os amistosos da Seleção Brasileira contra EUA e El Salvador. Machucou-se e foi cortado, mas agora sabe que seu nome está na mira de Tite.

O caso de Richarlison é mais curioso do que o dos demais. Afinal, o jogador não é exatamente um centroavante nato. Aos 21 anos, o atleta de 1,79m atende aos requisitos do futebol moderno. Polivalente, também atua pelos lados do ataque. No entanto, pelo talento e potencial demonstrados, não duvide se em breve o atacante vestir a camisa 9 da Canarinho em breve. Revelado no América/MG, se destacou precocemente. Em 2015, fez nove gols em 24 partidas. Um feito e tanto para um jovem de 18 anos. Foi contratado pelo Fluminense. Nas Laranjeiras, teve uma primeira temporada de pouco brilho. Já no ano passado, anotou 15 gols em 36 confrontos. Assinou com o Watford da Inglaterra, onde teve um excelente início. Houve até quem o pedisse na Seleção Brasileira na Copa da Rússia. No entanto, Richarlison caiu de produção junto com o time, mas chamou a atenção do Everton. E começou bem no clube de Liverpool, com a ótima marca de três gols em três duelos.

Por fim, Felipe Vizeu é outro que se apresenta como uma possível opção para o cargo de homem-gol do Brasil. Com 21anos e 1,84m, o centroavante surgiu em um clube especialista em revelar craques: o Flamengo. Profissionalizado em 2016, o jogador anotou oito gols em 26 jogos. Isso sem ser titular de fato. No ano seguinte, os números não melhoraram. O atacante balançou as redes adversárias nove vezes em 38 embates. Contudo, vale ressaltar que em quase metade (18) destes confrontos, o jogador entrou apenas no decorrer das partidas, faltando poucos minutos para o fim. Na atual temporada, jogou pouco, mas marcou três vezes em 11 jogos e foi para a Udinese, da Itália. Como ainda é um jovem talento, pode evoluir e se tornar um artilheiro implacável. Afinal, Adriano Imperador saiu do mesmo Flamengo para o futebol italiano sem ter uma média impressionante de gols. Caso Vizeu chegue perto do que fez seu antecessor, será o suficiente para ser lembrado por Tite.

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