Nova variedade de feijão pode ser estocada durante 1 ano sem perder a coloração

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A Embrapa acaba de desenvolver uma nova variedade de feijão, BRSMG Madrepérola, que se destaca pela qualidade dos grãos e pela coloração clara por maior período de tempo em relação às cultivares de grãos, tipo carioca que existem no mercado.

Diferente das outras variedades de feijão, em que os produtores têm apenas 15 dias para vender o produto, devido a sua mudança de coloração, o produtor do BRSMG Madrepérola tem mais tempo para negociar.

Esta solução tecnológica foi desenvolvida com parceria da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Universidade Federal de Lavras, Universidade Federal de Viçosa, Universidade Federal de Uberlândia e Coopertinga.

De acordo com Pedro Sarmento – Analista de transferência tecnológica da Embrapa Arroz e Feijão, “as plantas da cultivar BRSMG Madrepérola são de porte prostrado, hábito de crescimento indeterminado, tipo III, com baixo acamamento. Além de apresentar o ciclo mais curto do que a cultivar Pérola”, diz Pedro.

Na safra do inverno o ciclo, da emergência à maturação fisiológica, se completa em torno de 88 dias e nas safras das águas e seca, aproximadamente aos 83 dias, podem ser consideradas como semi-precoce.

Além disso, a cultivar apresenta alto potencial produtivo e bom nível de resistência às principais doenças que ocorrem na região. Apresenta resistência ao vírus do mosaico comum e a várias raças de antracnose.

A nova variedade já está disponível e concorre com os materiais mais tolerantes ao escurecimento, como: BRS Estilo, ANFC 09 e DAMA.

Pedro Sarmento explica que a colheita depende da época e do produtor, pode ser direta ou indireta. A nova variedade desse feijão possui um alto potencial produtivo, de 60 sacas/ha. Já que a produção média do feijão comum é de 40 a 45 sacas/ha.

Os produtores e consumidores são os mais beneficiados com a nova variedade, já que é um ótimo material para diversificar o plantio do produtor e para estados como o Mato Grosso que estão mais distantes dos centros consumidores.

Para manter a qualidade no momento de estocar o feijão,  a umidade não deve ser superior a 13%, sob risco de comprometer a qualidade fisiológica do grão devido ao aumento do seu processo respiratório, o que favorece o crescimento de fungos e micotoxinas.

“A condição ideal de armazenamento para sementes é em um ambiente de baixa temperatura e baixa umidade. Portanto, local arejado, frio e seco, propiciam melhores condições para a preservação e manutenção da viabilidade das sementes e minimização de perdas qualitativas do grão para consumo”, conta o analista.

Por: Bruna de Oliveira Fernandes

Fonte: Notícias Agrícolas

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