O discurso de Alckmin não sensibiliza o Nordeste

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O pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) declarou duas vezes esta semana que pretende ser “o presidente do Nordeste”, caso seja eleito em outubro próximo. Ele tem baixíssimo índice de intenções de voto nesta região e vai precisar de outro discurso para sensibilizar os nordestinos porque esse não vai colar. Não que esteja sendo insincero quando promete concluir a transposição do rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina, mas porque os eleitores desta região sempre viram com desconfiança candidatos paulistas.

Alckmin é um caipira do interior de São Paulo, gestor público testado quatro vezes à frente do governo do seu Estado e até provarem o contrário é um político ficha limpa. Mas parece haver incompatibilidade entre ele e esta região, pois não se entende como o principal partido de oposição aos governos de Lula e Dilma tenha tão pouco prestígio neste pedaço de Brasil. Aliás, a incompatibilidade é com o PSDB, que perdeu no Nordeste todas as eleições presidenciais que disputou de 2002 para cá.

Parcela da culpa é do próprio partido, que vai abster-se de lançar candidatos a governador em quase todos os estados nordestinos, quando poderia apresentar Bruno Araújo ou Elias Gomes em Pernambuco, Tasso Jereissati no Ceará, Cássio Cunha Lima na Paraíba, Juthay Magalhães na Bahia e Teotônio Vilela Filho em Alagoas, para ficar apenas nesses cinco. Esses tucanos dariam “palanque” ao candidato presidencial do partido nesta região. Mas como se acovardaram a tendência de Alckmin é ser derrotado mais uma vez nos nove estados do Nordeste.

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