Para PSB, PT tenta “valorizar passe” em processo “arrastado”

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A aliados, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reafirmou, ontem, que Márcio Lacerda só sai da corrida pelo Palácio da Liberdade, para a qual firmou aliança regional com o PDT e PROS, se for para ser vice de Ciro Gomes na corrida presidencial. Em paralelo, já circula, no PDT e no PP, a possibilidade de o presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, vir a ser o vice de Ciro, o que reforçaria o papel de Lacerda na disputa pelo Governo de Minas Gerais, onde deverá concorrer com o petista Fernando Pimentel.

Em Pernambuco, no Palácio das Princesas, ontem, havia quem reafirmasse que a “moeda” mais pesada na conversa sobre aliança com o PT seria mesmo Minas Gerais até porque o próprio presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem dito não haver clima para aliança com o PT, visando à corrida presidencial. Entre palacianos, fazia-se a conta que, de fato, uma eleição, no próximo domingo, como estava previsto originalmente, para definir a estratégia eleitoral do PT na disputa pelo Governo de Pernambuco poderia significar “uma possibilidade não tão grande” de vitória da aliança com o PSB. Leia-se: a despeito de socialistas, agora, avaliarem o processo de costuras com o PT como “muito arrastado”, sobretudo depois que foram adiados, na última terça-feira, todos os encontros estaduais da sigla, por outro lado, admitem que as chances da candidatura própria vencer pareciam altas. E o PSB trabalha pela composição.

Ao mesmo tempo, após circular pesquisa com desempenho elevado de Marília Arraes, avaliou-se que o PT age também para “valorizar o passe” e “dar pressão”. No que se refere às apostas para o resultado de uma eventual votação no domingo, as projeções de governistas coincidem às feitas entre defensores do projeto de Marília. Aliados da petista realçam que adiar o ato de domingo equivaleu a expressar o medo de perder no voto para a tese de candidatura própria. Seguem afirmando que teriam maioria dos delegados. Sobrou tempo para socialistas e petistas, num momento da política em que um só dia pode ser muita coisa.

Vai ou racha > Ainda entre integrantes do PSB, outra análise que pesava ontem era a de que os petistas “precisam resolver o que querem da vida”. Em reserva, uma fonte palaciana advertiu: “Em Minas, se Márcio Lacerda avança, não tem depois como voltar. Aqui (em Pernambuco), também começam a avançar outras situações”.

Esfriando > Em meio ao debate entre PT e PSB, tachado de “puxa e encolhe” por aliados, o presidente estadual do PP, Eduardo da Fonte, à coluna, avisa: “O PP não vai aceitar prato feito de ninguém”. O partido externa interesse em espaço na majoritária.

Comparação > No PDT, faz-se uma conta de que “não tem comparação entre PP e PSB” em relação ao espaço na vice de Ciro Gomes. O PSB é visto, entre alguns pedetistas, como uma sigla que tem mais peso e “identidade programática e ideológica”.

Adiado 1 > O STJ adiou de novo a definição sobre a restrição do foro para autoridades, que inclui os casos dos governadores. Luís Felipe Salomão, que havia pedido vista, encaminhou ontem seu voto, mas Félix Fischer, em seguida, também pediu vista.

Adiado 2 > O placar ficou 3×1 pela restrição do foro no STJ. A votação define para onde vai o Inquérito 4292, da Arena Pernambuco, que saiu recentemente do STF para o STJ.

Decisão > No encontro do PSC, hoje, em Brasília, André Ferreira fará relato ao presidente, Pastor Everaldo, das conversas mantidas no Estado. O dirigente aposta na candidatura de André para o Senado.

FolhaPE

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