Para Romário Dias, Pernambuco pode perder até R$ 300 mi com a greve

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A greve dos caminhoneiros motivou novo pronunciamento do deputado estadual Romário Dias (PSD), na tribuna da Assembleia Legislativa, ontem (31). Segundo o parlamentar, passada a paralisação fica, agora, a preocupação pela perda de arrecadação que pode ocorrer em Pernambuco.

“O Estado deve ter perdido, nestes dez dias de paralisação, aproximadamente R$ 300 milhões. Vamos supor que alguém abastecesse R$ 500 durante o período da greve, só de ICMS Pernambuco teria pedido R$ 150 neste caso, fora a Cide (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico). Imagine a perda que ocorreu com o que se deixou de vender na avicultura, suinocultura, pecuária… daqui a 60 dias, podem faltar recursos para saúde, segurança e educação, pilares básicos do governo”, detalhou.

Dias ainda ressaltou que o governador Paulo Câmara vem fazendo “um excelente trabalho” em sua gestão, em especial na economia do Estado, mas que, em alguns dias, “alguns vão tentar denegrir” a administração do governador porque obras não foram concluídas ou porque o salário dos servidores está ameaçado. “O governador vem fazendo um excelente trabalho, sem alarde. Porém, vamos sofrer muito em Pernambuco não por falta de uma ação de Paulo Câmara, porque ele está agindo e vai agir mais ainda, mas pelo desgaste que nós sofremos nestes dez dias de paralisação”, pontuou.

O deputado também criticou as medidas tomadas pelo Governo Federal. “Ninguém viu, em momento nenhum, o Governo Federal dizer quais medidas iria tomar para fazer com que os empresários escoassem melhor sua produção, que alíquotas iria baixar que permitissem um volume maior de circulação de produtos. Essa greve não foi dos caminhoneiros, foi do sentimento do povo brasileiro com relação ao desmando da forma como o Brasil está sendo conduzido”.

De acordo com Dias, a análise das consequências da paralisação suscita ainda um debate sobre a proibição das produtoras de álcool de venderem diretamente para os postos de combustível. Atualmente, pela regulamentação da Agência Nacional do Petróleo (ANP), essa venda só pode ser feitas às distribuidoras.

“Uma usina que produz álcool em Carpina, por exemplo, tem de levar a produção até Suape para, depois, voltar e abastecer os postos da própria cidade e cidades vizinhas. Ou seja, um caminhão roda 200 e tantos quilômetros para levar o álcool produzido – e gastando diesel -, quando poderia distribuir direto no entorno dele, fazendo essa economia. Isso iria baratear, inclusive, o preço do combustível para a população, tomando o álcool produzido aqui no Estado muito mais competitivo e atrativo do que a gasolina”, explicou o deputado.

O tema, após sugestão de Dias, será, inclusive, debatido na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa. “Esse é um assunto que precisamos discutir principalmente nesse momento de dificuldade, nesse momento que temos de pagar tostão por tostão para resolver os problemas do Brasil. A situação é muito preocupante”, finalizou o parlamentar, que recebeu apartes dos deputados Zé Maurício (PP), Henrique Queiroz (PR), Newton Mota (PSB), Eduíno Brito (PP) e Aluísio Lessa (PSB).

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