Parlamentares enaltecem memória de Guilherme Uchoa na abertura de convocação extraordinária

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A abertura da autoconvocação extraordinária da Assembleia Legislativa de Pernambuco, na manhã desta quarta (4), foi dedicada à memória do ex-presidente da Casa, Guilherme Uchoa, que faleceu nessa terça(3). O político, que comandou o Poder de 2007 a 2018, foi homenageado pelos parlamentares na tribuna do Plenário. Durante a reunião, os deputados fizeram, ainda, apelos pela manutenção da harmonia durante o processo de escolha do sucessor de Uchoa e durante os trabalhos legislativos no segundo semestre.

Logo no início da reunião, todos os presentes ficaram de pé para acompanhar a retirada do nome de Guilherme Uchoa do painel eletrônico. O momento foi seguido de aplausos. Primeiro vice-presidente no exercício da presidência, o deputado Pastor Cleiton Collins (PP) abriu a série de homenagens e anunciou que, no dia 13 de agosto, haverá um Grande Expediente Especial na Casa em memória do ex-presidente.  “Ele deixou um legado muito importante. Estamos muito tristes, porque hoje há um vazio. Desejo harmonia para esta Casa”, declarou Collins.

Na sequência, Rodrigo Novaes (PSD) afirmou que a atuação de Uchoa à frente da Alepe marcou época e deixou o desafio de manter o Poder Legislativo forte e altivo. “Embora sua saúde parecesse debilitada, e ele houvesse enfrentado intervenções cirúrgicas, sua postura, sempre forte, nos fazia imaginar que conseguiria vencer mais essa”, discursou. O deputado Adalto Santos (PSB) expressou pesar em nome da Igreja Assembleia de Deus. “Ele era um amigo da igreja. Nosso sentimento é de gratidão, e rogamos a Deus que esta Casa posso estar unida neste momento difícil”, pontuou.

O 1º secretário da Alepe, Diogo Moraes (PSB), disse que mantinha com o ex-presidente da Casa uma relação de pai e filho, por tudo que realizaram juntos. “Essa perda não é só pessoal, da família. É a perda de um político extraordinário, com história e lutas pelo povo pernambucano”, agregou.  Edilson Silva (PSOL) ressaltou que, apesar dos enfrentamentos que tiveram, as divergências foram tratadas sempre na esfera política. “Nós temos que resgatar esse valor, de se trazer a disputa política e o dissenso para o ambiente da República e das instituições. Reafirmo nossa solidariedade e nosso sentimento de pesar aos amigos e familiares”, ressaltou.

Para Zé Maurício (PP), Uchoa se destacava pela atuação firme, mas ao mesmo tempo amigável, no encaminhamento dos trabalhos no Legislativo pernambucano. E além da melhoria na estrutura física da Alepe, deixa como legado o ambiente de trabalho mais apropriado para as atividades parlamentares. O líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB) avaliou que o ex-deputado fazia política com solidariedade, transparência e verdade. Ele propôs que a eleição do presidente da Casa seja feita ainda em julho, em sessão extraordinária. Isaltino Nascimento (PSB), que comanda a bancada governista, afirmou que, com Uchoa, “o Parlamento se fortaleceu em um momento difícil da vida nacional e soube dialogar com os demais poderes”. O socialista defendeu que a sucessão de Uchoa seja feita com tranquilidade e diálogo.

Tony Gel (PMDB) fez um retrospecto da vida de Uchoa, pontuando sua atuação como escrivão de polícia e juiz. “A passagem de Guilherme Uchoa nesta existência foi de muito trabalho, luta e vitórias. Nós temos a responsabilidade de compensar sua falta da melhor maneira possível, com uma harmonia que deve começar aqui dentro e ser estendida aos demais poderes”, pontuou. Nas palavras de Romário Dias (PSD), Guilherme Uchoa “sempre foi uma pessoa muito altiva e conciliadora”. O parlamentar defendeu que a escolha do novo presidente seja feita com cautela, devido ao momento emocional vivido pelos deputados.

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