Paulo Câmara: ‘Se o PT vier, será bem-vindo’

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À espera do PT – que adiou a convenção estadual para o final de julho -, o governador Paulo Câmara (PSB) já não demonstra a mesma empolgação de antes, mas segue aguardando a decisão do possível aliado. Dois dias depois da Executiva nacional petista fazer novo aceno ao PSB, o gestor socialista afirmou, ontem (11), que o partido será bem-vindo à Frente Popular, caso ocorra a aliança. “Se o PT vier, será bem-vindo”, ponderou.

O governador destacou que, enquanto espera, se dedica às agendas administrativas, sem descuidar das políticas. “As questões políticas estão sendo discutidas. Em agosto, a gente vai ter oportunidade de fazer o nosso lançamento e ver a Frente Popular unida. Se o PT vier, será bem-vindo, mas também temos que trabalhar em torno da nossa Frente que é muito grande. E estamos fazendo isso no dia a dia”, disse Câmara.

Sobre a possibilidade da aliança com o PT afastar outros aliados, Câmara destacou que vai trabalhar pela unidade e alfinetou o governo Temer. “Quem quiser vir ao nosso palanque, que pense como nós, que saiba que o modo que o Governo Federal está administrando o Brasil não pode continuar. Então, se o PT decidir se unir conosco será bem-vindo. Independente de qualquer decisão, temos um trabalho a fazer, como governador e como líder de uma Frente grande, de muitos partidos, e temos que chegar a agosto com essa Frente muito bem consolidada e unida”, repetiu.

Alguns aliados do governador vêm se queixando nos bastidores da energia gasta por ele e pelo PSB em ter o apoio do PT. Partidos que já estão no arco de aliança de Câmara e visam uma das vagas do Senado, como o PSC, do deputado estadual André Ferreira, e o PP, do deputado federal Eduardo da Fonte, já acenam para a oposição. Comenta-se que uma das vagas do Senado é do deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), enquanto a outra seria destinada ao senador Humberto Costa (PT), caso formalize a aliança entre os petistas e socialistas.

Câmara esteve na solenidade de formatura de 278 bombeiros militares, no Centro de Convenções, em Olinda. O deputado estadual Odacy Amorim (PT), pré-candidato ao governo estadual e à Câmara dos Deputados, não compareceu a reunião da Executiva estadual do partido, pela manhã, e esteve presente no ato com o socialista. O petista argumentou que prestigiou a solenidade por razões pessoais e pregou a unidade do PT, independente da tática eleitoral que o partido definir. “Temos que sair unidos seja com candidatura própria ou aliança. Todo movimento tem a ver com a decisão nacional”.

No último sábado, a Executiva nacional do PT acenou, novamente, para uma aliança com o PSB, em detrimento da candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT). “Está clara, portanto, a primazia do projeto nacional sobre as disputas regionais”, disse um trecho. “Construir uma coligação nacional para apoiar a candidatura Lula com PSB, PCdoB e outros partidos que venham a assumir este apoio”.

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