Pré-candidato ao Senado, Mendonça tenta se distanciar do governo Temer

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A divulgação da pesquisa Datafolha sobre o cenário presidencial, no domingo (10), forçou os pré-candidatos da chapa de oposição em Pernambuco a se distanciarem ainda mais da figura do presidente Michel Temer (MDB), reprovado por 82% dos entrevistados. Ao ser anunciado como o escolhido para disputar uma vaga no Senado, durante o evento do bloco, nesta segunda (11), o deputado federal Mendonça Filho (DEM) fez questão de citar sua recente passagem pelo Ministério da Educação. Porém, garantiu que não ocupou o cargo para servir “a um governo ou ao partido”.

Em sua fala Mendonça se referiu à sua biografia, para justificar a escalação. Neste momento, associou sua atuação à defesa dos interesses do estado. “Em todas as funções que exerci, o sangue pernambucano sempre se fez mais forte nas minhas veias”. Em seguida, abordou sua passagem pelo ministério.

“Foi com essa garra e determinação que exerci por quase dois anos cargo de ministro. Para servir não a um governo ou ao meu partido. Mas para servir como ministro da Educação do Brasil. Enfrentando inclusive propostas que estavam engavetadas há vinte anos, como a reforma do ensino médio”, disse.

Antes de seu discurso, Mendonça foi apresentado pelo deputado federal Bruno Araújo (PSDB), que exerceu o posto de ministro das Cidades do governo Temer. O tucano também enalteceu a trajetória do pré-candidato a senador que, na sua visão, o credenciou para encarar o desafio deste ano.

Fernando Filho
O ex-ministro de Minas e Energia Fernando Filho (DEM) – que trabalha para sua reeleição na Câmara Federal – também afastou a tacha de “palanque de Temer” da frente da oposição, durante o lançamento da chapa majoritária. Em sintonia com o discurso do grupo, Fernando lembrou que há aliados do governo federal no palanque do governador Paulo Câmara (PSB).

Buscando concentrar o debate em Pernambuco, o ex-ministro apontou que o titular da pasta de Segurança Pública, Raul Jungmann, e os integrantes do MDB também estão no palanque de Paulo.

Pesquisa
A crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros e a lenta retomada da economia aumentaram a impopularidade de Michel Temer. Segundo o Datafolha, 82% dos brasileiros consideram seu governo ruim ou péssimo. A taxa de reprovação aumentou 12 pontos percentuais desde abril, quando o presidente era rejeitado por 70%. Com isso, Temer bate seu próprio recorde como presidente mais impopular desde a redemocratização do país. Em setembro, ele atingira 73%.

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