Prefeito de Maraial (PE) é afastado do cargo acusado de fraudar licitações

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Marcos Antônio Soares (PSB), prefeito do município de Maraial, na Mata Sul de Pernambuco, a 160 km do Recife, foi afastado do cargo por improbidade administrativa através de determinação na justiça. Ele é acusado de desviar dinheiro dos cofres da prefeitura da cidade e deixou um prejuízo estimado em R$ 486 mil. As investigações começaram no ano passado e juntaram 1,7 mil páginas de documentos, depoimentos e provas reunidas pelo Ministério Público. O vice-prefeito da cidade está exercendo o mandato desde a úlitma terça-feira (20).

Ao todo, foram três ações civis públicas de improbidade administrativa. Dessas, duas estão relacionadas à contratação de shows com preços superfaturados. A última ação, que motivou o pedido de afastamento, se refere a fraudes cometidas pelo prefeito no processo de licitação para serviços de limpeza urbana. “Chama atenção pelo fato de que a empresa não existia. Uma empresa que não existia e foi criada há um mês de repente passou a prestar serviços de limpeza por um valor exorbitante. E com um contrato de licitação que foi criado para beneficiar aquela empresa. Foi um processo licitatório que aconteceu de forma espetacular, em um dia”, disse o promotor de Maraial, Jorge Dantas.

Além do afastamento do prefeito, o Ministério Público pede também a perda do cargo e a suspensão dos direitos políticos de Marcos Antônio Soares para que ele não possa votar nem ser votado num prazo de cinco a oito anos. A promotoria quer também que ele devolva o dinheiro e pague uma multa de 100% sobre o valor do prejuízo. “É o estado organizado estando de alguma forma correndo atrás e tentando descobrir esse tipo de fraude. Na medida do possível, e com a maior rapidez possível para punir exemplarmente este tipo de gestão”, concluiu Dantas.

O prefeito de Maraial disse que está preparando os documentos de defesa para recorrer da sentença. Ele afirma que as denúncias são referentes a uma ação municipal do exercício de 2009, mas as contas dele haviam sido aprovadas pelo Tribunal de Contas. Marcos Antônio se diz tranquilo porque tem plena consciência da sua inocência.

g1.globo.com/pernambuco/noticia

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