Queijo coalho produzido em Pernambuco terá selo de origem ainda este ano

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Produzido na região de Champagne, na França, a bebida champagne só pode ser rotulada assim quando é feita exatamente nesse lugar. Caso contrário, a bebida não é considerada champagne. Da mesma forma, o tão querido e conhecido queijo coalho dos pernambucanos pode ganhar esse mesmo registro, importante para alavancar a produção no Estado.

Um documento foi encaminhado pela Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) ao Ministério da Agricultura para pleitear o que se chama de Denominação de Origem Controlada (DOC) para o queijo coalho produzido em Pernambuco. Esse é um selo para identificar quando a mercadoria é fabricada na região de origem.

A expectativa é que o DOC para o queijo coalho seja liberado pelo Ministério da Agricultura até o final deste ano. “Depois que o ofício é enviado, técnicos do ministério fazem análise do pedido e estudam a viabilidade econômica a ser gerada para os produtores do queijo. Mas a formalização tem todas as indicações para sair ainda este ano”, explicou Carlos Ramalho, superintendente de Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Pernambuco, ao complementar que o selo garante registro, marca e tradicionalismo para a mercadoria do Estado.

Produtor de queijo coalho, dono de uma queijaria artesanal na cidade de Venturosa, no Agreste de Pernambuco, Romildo Bezerra defende o DOC e espera aumentar a produção e a comercialização da mercadoria. “O queijo coalho artesanal tem inspeção estadual, por isso o selo é importante para fortalecer o produto. É um pedido que o setor vem lutando há bastante tempo para conseguir”, disse o representante do setor, ao acrescentar que isso vai agregar qualidade à mercadoria.

Atualmente, Bezerra produz cerca de dois mil quilos de queijo por semana. “Estamos aguardando uma demanda grande para vender. Inclusive, em função do DOC, comecei a produzir queijos coalho condimentados para ampliar nossa linha de produção. Então estou fazendo o queijo de sabores de pimenta, orégano e defumado, por exemplo”, contou.

Para Ramalho, a medida realmente é fundamental para esse aumento de vendas. “A fabricação da mercadoria é forte no Estado. É uma venda que muitas vezes acontece direto pelo produtor, por isso o reconhecimento é fundamental”, afirmou. E para o pedido ganhar mais força, a Adagro realiza um trabalho de formalizar queijarias no Estado, pois muitas delas não possuem registro junto ao órgão.

A Adagro sempre faz visitas a estabelecimentos para orientar sobre a formalização e equipamentos necessários para conseguir o registro”, comentou Ramalho. Atualmente, são 38 queijarias artesanais registradas em Pernambuco.

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