As posições políticas claras de Maurício Rands (PROS) marcaram o debate entre os candidatos a governador na Rádio Liberdade, de Caruaru. O evento contou, também, com a participação de Paulo Câmara (PSB), Armando Monteiro (PTB) e Dani Portela (PSOL). Pelo formato do debate, os candidatos puderam fazer perguntas um ao outro. Rands liderou uma questão que se tornou recorrente ao governador Paulo Câmara, relacionada à falta de liderança política. Essa colocação foi feita pelos candidatos Maurício Rands, Armando Monteiro e também por Dani Portela.
Rands expôs as contradições das grandes coligações, deixou clara a motivação oportunista daqueles que disseram apoiar a candidatura do ex-presidente Lula, mesmo sabendo que o ex-prefeito de São Paulo era o candidato. “Todos quiseram surfar na popularidade de Lula: você, Paulo, Armando e Dani também”, questionou.
Em outro momento do debate, o líder da coligação O Pernambuco que você quer (PROS, PDT, Avante), Maurício Rands, disse ao governador Paulo Câmara que o estado se tornou um canteiro de obras paradas, com 1.728 paralisações. Rands disse que, nos últimos quatro anos, faltou o protagonismo do governador, faltou um líder para unir as forças políticas, mesmo divergentes, para devolver a autonomia do Porto de Suape, negociar a retomada da Ferrovia Transnordestina e atrair investimentos privados. O governador tentou rebater citando algumas barragens em andamento, mas teve tréplica: “A bancada da Câmara Federal liberou R$ 130 milhões para as barragens de Panelas e Igarapeba, mas elas não foram feitas porque o projeto não era idôneo”, rebateu.
Maurício Rands apresentou propostas para todas as áreas. Com relação a propostas contra a violência contra as mulheres, o candidato do PROS disse que, se eleito, seu governo vai estabelecer plantões nas delegacias da Mulher. “O horário onde ocorrem as violências, normalmente, é nos fins de semana ou à noite, horário em que, hoje, as delegacias estão fechadas. Vamos mudar isso”, prometeu. Rands também pretende mudar a forma como as delegacias recebem as vítimas da homofobia, a comunidade LGBTI, com atenção especial aos trans. “Os trans são vítimas de crimes inomináveis e não tem a quem recorrer”, alertou. “A mudança vai começar a partir da visão do governador”.
Em outra oportunidade, Maurício Rands criticou a falta de diálogo de Paulo Câmara com os profissionais da segurança pública. “O Pacto pela Vida deu água”, disse. Paulo Câmara expôs algumas estruturas construídas, citou a contratação de novos policiais para o serviço público e a mudança de alguns índices. “Você está com um problema comum aos que se cercam só por assessores e não conversam com os servidores envolvidos, na ponta”, rebateu.
Rands também criticou a visão fazendária, tributarista do atual governo, apresentou seus planos para ampliação da malha rodoviária do Estado, na qual as empresas que vencerem a licitação terão que cuidar da manutenção das estradas, por período de 20 anos. “Esse modelo facilita a obtenção de financiamento junto às instituições financeiras”, propôs. O debate ocorreu no auditório do Sest/Senat, no bairro de Indianápolis, Caruaru, com retransmissão para uma cadeia de 40 emissoras do interior do Estado.
Assessoria do candidato