Raul Henry: “Não é o momento de tomar uma decisão sobre a Copergás”

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Diante do acirramento político em torno do debate sobre privatizações de estatais, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry (PMDB), afirmou que não é momento de tomar uma decisão sobre a desestatização da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás).

Henry relatou que há duas questões centrais a serem definidas: a conclusão do estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e a definição sobre o leilão da usina térmica de gás no Porto de Suape. Este último é um investimento de R$ 4 bilhões que, segundo o peemedebista, poderá duplicar o valor da empresa. No entanto, o aporte depende de um leilão do Ministério de Minas e Energia, que ainda não possui data para a realização.

Há um conjunto de variáveis que precisam ser definidas para avaliar. É um processo que somente será concluído no futuro e será submetido ao aval do governador Paulo Câmara. Se o leilão for concluído, a empresa duplica de valor porque o transporte do gás é feito pela Copergás, que tem a exclusividade da distribuição no Estado. Além disso, temos que concluir o estudo. Somente após essa fase, o governo vai refletir sobre o assunto“, afirmou Raul Henry.

Raul Henry fez questão de diferenciar o processo de estudo da privatização da Copergás com o da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) , feito pelo Ministério de Minas e Energia. A desestatização da empresa federal é alvo de duras críticas do governador Paulo Câmara (PSB) e seus aliados.

A avaliação negativa dos palacianos gerou contra-ataques dos opositores, que enxergam incoerência no discurso governista. Em contrapartida, Henry avalia que a diferença dos serviços privatizados fazem a diferença no contexto dos processos de desestatização.

Não foi um anúncio feito de maneira surpresa e colocando em risco o principal ativo do Nordeste que é o Rio São Francisco. A privatização da Chesf é a privatização do fluxo de água do São Francisco. Uma coisa é privatizar o gás, um banco, a telefonia. Outra diferente é privatizar um rio“, avaliou Henry.

Segundo ele, o processo tocado pelo Governo do Estado é diferente do nacional. “Não é um debate simplista. Estamos fazendo um debate estratégico, com planejamento e debate. Não estamos fazendo isso no improviso e de forma precipitada“, alfinetou.

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