Brasil e Paraguai abrem quartas de finais da Copa América

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O Paraguai não é, nem de longe, o adversário mais complicado que o Brasil poderia enfrentar nas quartas de final da Copa América. Aliás, considerando o desempenho da equipe, que terminou em terceiro do Grupo B, sem uma vitória sequer, o duelo, na teoria, é o de menor grau de dificuldade. Tudo isso sem citar o histórico geral de confrontos, com ampla vantagem verde-amarela. Ainda assim, as eliminações consecutivas em duas das três edições mais recentes da Copa América fizeram do adversário desta quinta-feira (27) uma pedra no sapato dos anfitriões. Quando a bola rolar às 21h30, na Arena do Grêmio, os brasileiros terão o velho favoritismo de sempre, mas sabendo que isso já não é suficiente.

Enfrentar o Paraguai nas quartas de final da Copa América traz péssimas recordações. A Seleção Brasileira foi eliminada pelo adversário em 2011 e 2015 em cenários parecidos. Há oito anos, a equipe, comandada na época por Mano Menezes, ficou apenas no 0x0. Nas penalidades, vitória dos paraguaios com direito a quatro cobranças desperdiçadas pelos brasileiros. Na edição seguinte, novo resultado de igualdade no tempo normal (1×1) e tropeço nos pênaltis (4×3), sob a batuta do técnico Dunga.

Para não repetir o fracasso dos antecessores, o treinador Tite está atento a tudo. Inclusive, o palco do jogo. Ele visitou o estádio duas vezes na semana e se mostrou incomodado com as condições do campo. “Na segunda-feira estivemos eu e Edu na Arena, a gente externou todas as situações. A partir daí, é ir para o jogo“, explicou o treinador em entrevista coletiva, ontem, em Porto Alegre. Críticas aos gramados brasileiros estão sendo recorrentes por partes de outras seleções. A administração do local afirmou que mudou o procedimento de manutenção para melhorar a qualidade do piso. A área mais prejudicada é o meio-campo, com faixas de areia.

Quem já está habituado a atuar na Arena é o atacante Éverton, do Grêmio. Autor de dois gols na Copa, o atleta deve permanecer no ataque titular, ao lado de Roberto Firmino e Gabriel Jesus. “É um estádio que já conheço, passei anos de minha vida ali, com certeza a torcida vai nos apoiar. Vi que os ingressos estão se esgotando e vamos ter o apoio de nossa torcida“, garantiu.

O único desfalque para o jogo é o volante Casemiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Apesar de ser o mais cotado para a vaga, Fernandinho foi preterido e Allan, do Napoli, o escolhido. “Fernandinho ia jogar em suas condições normais e naturais. Não estava nas suas condições, inclusive contra a República Tcheca jogou Allan e Arthur“, justificou o treinador, acrescentando que deseja contar o jogador do Manchester City na próxima partida. “Se nós vencermos, se nós nos classificarmos, possivelmente ele vai estar pronto para o jogo“.

Ao lado da Colômbia, o Brasil não sofreu gols na Copa América. A última vez em que a defesa foi vazada aconteceu na vitória por 3×1 diante da República Tcheca, em amistoso disputado em março, em Praga. Sob o comando de Tite, a equipe ficou sem ver sua rede balançada em 30 de 39 jogos realizados. Ao todo, levou apenas dez tentos.

Paraguai
O Paraguai montará uma retranca para segurar o Brasil, provavelmente no 4-5-1, esperando uma brecha para o contra-ataque. Modelo parecido que funcionou no empate em 1×1 com a Argentina, na primeira fase. A seleção tem alguns atletas que jogam no futebol brasileiro. São eles o goleiro Gatito Fernández, do Botafogo, o zagueiro Gustavo Gómez, do Palmeiras, e o meia-atacante Dérlis González, do Santos. O camisa 1 é o maior destaque, sendo escolhido pela Conmebol como melhor em campo nos três jogos que disputou até o momento.

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