Conheça o trabalho da Enfermagem com pacientes oncológicos

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Enfermeiro é um dos profissionais da Saúde de extrema importância no processo, como explica Amanda Cruz, enfermeira oncológica do NOA.

Na área oncológica é essencial o acompanhamento da equipe multidisciplinar, o que envolve pesquisas, desenvolvimento de medicamentos, diagnóstico ou tratamento do paciente e o enfermeiro é um dos profissionais da Saúde de extrema importância dentro desse processo. O trabalho da Enfermagem está envolvido em todas as fases do tratamento: diagnóstico, etapas (cirurgia, radioterapia e quimioterapia), com a realização da parte burocrática de coordenação, agendamentos e auditoria, bem como controle de toxicidades com intervenções e orientações ao paciente e familiares, como explica a enfermeira oncológica do NOA (Núcleo de Oncologia do Agreste), Amanda Cruz.

Por ser uma área específica e que requer constante atualização, é bom que o profissional tenha especialização na área. “O enfermeiro pode atuar mediante os pacientes oncológicos, mas muitos serviços exigem que o profissional tenha especialização, já que é preciso ter conhecimento técnico-científico de todos os protocolos terapêuticos, de possíveis efeitos colaterais, de toxicidades… Para se ter um manejo, é preciso ter um bom conhecimento. Ministrar o tratamento quimioterápico é privativo do enfermeiro, podendo o técnico prestar assistência mediante supervisão desse “, explica a enfermeira oncológica.

Dentro das várias etapas do processo, após o médico oncologista decidir acerca do tratamento, mediante o diagnóstico, o enfermeiro recebe o paciente para uma consulta inicial de orientação do protocolo, possíveis reações, cuidados e checagem de informações como peso e altura, doses de medicações e medicamentos de suporte para a quimioterapia. Na ocasião, também são coletadas informações relevantes para o tratamento e passadas orientações ao paciente e acompanhante, a exemplo de possíveis efeitos colaterais, frequência e coleta de exames, cuidados com o cateter (se houver) e tudo que possa mudar na rotina do paciente, além de quando se deve entrar em contato com a equipe médica ou buscar um pronto atendimento. Em seguida, o profissional encaminha o paciente para toda a equipe multidisciplinar, mediante a realização do agendamento, para início do tratamento.

O enfermeiro também é o profissional que faz a avaliação das veias do paciente para, em conjunto com a equipe médica, escolher a opção adequada para a aplicação dos medicamentos. A avaliação é importante porque a escolha do cateter (se houver) depende do tipo de tratamento e das veias de cada pessoa.

O enfermeiro oncológico, estando especializado, também aborda o paciente quando há a indicação de cuidados paliativos. “Assim, podemos tratar com respeito e dignidade e perceber como o paciente deseja ser cuidado e o que espera. Inicialmente, explicamos cada fase e se ele tem interesse em saber tudo sobre ou prefere que algum familiar se inteire. É por isso que é muito gratificante fazer parte deste momento, pois na oncologia os pacientes chegam com uma visão de uma sentença de morte e a gente pode desmistificar isso”, considera Amanda Cruz.

PANDEMIA – Durante a pandemia, foram muitos os desafios, segundo a enfermeira. A profissional diz que foi necessário mudar todo o fluxograma do serviço, uma vez que o paciente de oncologia não pode pausar o tratamento, porém, houve os que tiveram dificuldade em comparecer. “Muitos pacientes passaram a faltar. Foi aí que as consultas on-line entraram como forma de acompanhamento. Justamente por essas faltas, e como o câncer não espera, a incidência/ adoecimento começou a crescer”.

Por ser ambulatorial e com pacientes oncológicos, o serviço precisou se adequar – com teleconsultas; triagem de todos os que chegavam, com sintomas ou não, a fim de proteger tanto os profissionais quanto os pacientes; redução da quantidade de familiares permitida no local, para evitar aglomeração; implantação do serviço de entrega de medicamentos para os que fazem tratamento via oral, para evitar o deslocamento até o Núcleo de Oncologia. “Hoje, a antiga rotina foi normalizada. Medidas como o uso de máscara, álcool em gel e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) já eram adotadas por nós anteriormente à pandemia e por isso toda a parte de biossegurança foi mantida. Além disso, no momento da marcação da consulta, há a triagem para verificar se há sintomas gripais e assim evitar a contaminação de outras pessoas”, reforça a profissional.

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