Enfermeira presta socorro à motorista desacordado na ponte Presidente Dutra e mostra como ter empatia é fundamental para todos

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Cláudia Carvalho, enfermeira do HGU, prestou assistência após solicitação dos policiais que controlavam o trânsito na ponte que liga as cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE

Diante da pandemia do novo coronavírus, muitos ouviram a frase: “Sairemos, deste período, seres humanos muito melhores”. Nos meandros dessa afirmação, um dos sentimentos que trazem a esperança para que essa frase se concretize, é a empatia. Mas é possível se tornar empático ou essa característica é algo nato de cada pessoa?

Empatia, em resumo, é a ação de se colocar no lugar do outro, agindo ou pensando da forma como essa pessoa pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias. É uma habilidade social que aprendemos na infância, mas que pode ser desenvolvida ao longo dos anos. É de extrema importância para se viver bem em sociedade, e no setor da saúde, não somente é importante, como pode salvar vidas.

A enfermeira do Hospital Geral e Urgências – HGU (Vale do São Francisco), Cláudia Carvalho Batista, teve sua empatia colocada à prova ao se deparar com uma situação inusitada já na segunda semana de 2021. Cláudia se dirigia, junto ao motorista do HGU Sr. Simoa, para realizar o acompanhamento domiciliar de alguns pacientes nas cidades de Juazeiro – BA e Petrolina – PE. Ao trafegar pela ponte Presidente Dutra, que liga as duas cidades, encontrou o trânsito lento e alguns Policiais Rodoviários Federais na via que solicitaram que o automóvel em que estavam parasse e que os ocupantes se identificassem.

“Quando chegou a nossa vez de passar pelos policiais, eles nos pararam e me perguntaram se eu era médica ou enfermeira, pois tinha um senhor desacordado em um carro parado na ponte. Eles precisavam de ajuda e prontamente fui dar esse auxílio. O senhor estava em crise convulsiva e desfalecendo. Naquela situação fiz o que era possível na medida que os tremores iam me possibilitando, mas logo pedi para que chamassem o Samu, já que o quadro exigia algumas medidas em uma crise convulsiva. Quando a gente se forma e faz o juramento que vai cuidar das pessoas a gente pensa que um dia a gente passará e alguém precisará da nossa atenção. Mas foi uma grande surpresa a abordagem dos policiais e muito gratificante poder ajudar o paciente que precisava daquele socorro”, conta orgulhosa e grata a enfermeira Cláudia Carvalho.

Para a Psicóloga Raíza Coelho, que também faz parte da equipe de profissionais do HGU, o olhar e cuidado empático com o outro, principalmente na área de saúde, leva a uma maior possibilidade de melhora no prognóstico. “A empatia, além de ser boa para quem recebe a “ação” traz benefícios para o sujeito empático, uma vez que facilita vínculos, as relações interpessoais, aumenta a autoestima e reduz a insegurança.”

E Raíza complementa que é possível se tornar empático. “Precisamos exercitar o nosso olhar para outro, pois estamos ficando cada vez mais individualistas e reclusos. Não devemos colocar o outro em primeiro lugar na nossa vida, mas percebendo o quanto é necessário que eu viva a minha vida, assumindo e me responsabilizando pelas minhas escolhas, eu enxergo outro e cuido desse outro, assim como cuido de mim, dos meus”.

Sobre o HGU – Criado em Petrolina no dia 20 de junho de 1984, o Hospital Geral e Urgência constitui a maior rede própria de saúde da região do Vale do São Francisco. Sua estrutura conta com mais de 300 colaboradores que atuam nas quatro unidades, hospital de alta complexidade, centros médicos que atendem diversas especialidades, unidade ambulatorial em regime de plantão, além do Centro de Prevenção e Reabilitação (CENPRE).

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