Governador do Ceará pede a Sérgio Moro apoio da Força Nacional e do Exército após onda de ataques

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O governador Camilo Santana solicitou apoio da Força Nacional de Segurança, Exército e Força de Intervenção Integrada (FIPI) para trabalhar em conjunto com a polícia do Ceará, após a onda de ataques em Fortaleza e Região Metropolitana, desde a madrugada desta quinta-feira (3).

Criminosos explodiram uma bomba em um viaduto na cidade de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, e incendiaram ônibus do transporte coletivo da capital cearense durante a madrugada desta quinta-feira (3). Além disso, carros do Departamento de Trânsito de Horizonte e uma van do transporte alternativo foram queimados na Região Metropolitana.

Santana anunciou também a nomeação imediata da turma de 220 novos agentes penitenciários, antes prevista para março. E a imediata nomeação dos 373 novos policiais militares, já formados, para atuação nas ruas.

Conversei por telefone, hoje pela manhã, com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, que se colocou à inteira disposição para o apoio necessário, e a quem agradeço. Entendo que o crime organizado ultrapassou as divisas dos estados e que, somente com a ação conjunta dos Estados com o Governo Federal, iremos vencer esse desafio“, afirmou o governador em sua página pessoal em uma rede social.

O general Theophilo, ex-candidato ao governo do Ceará e secretário Nacional da Segurança, informou que aguarda o pedido formal do governador Camilo Santana para o envio das forças federais.

O ministro [da Justiça, Sérgio Moro] me ligou agora dizendo que tinha falado com o governador e o que eu tenho de concreto é que ele ofereceu ao secretário [da Segurança do Ceará] André Costa a Força Nacional de Segurança. Agora, o ministro da Justiça vai avaliar o pedido junto com o gabinete de Segurança Institucional e vai ver se aprova ou não. Aprovado, a gente envia o pessoal“, informou Theophilo.

Em ondas de ataques semelhantes nos anos anteriores, a oposição ao governador havia sugerido que Camilo Santana solicitasse apoio do Governo Federal, mas ele se recusou a fazer o pedido.

Câmeras de videomonitoramento também foram atacadas; uma bomba caseira arremessada em um posto de combustível; foi registrado ataque a tiros contra uma agência bancária; e fotossensores foram danificados por criminosos.

Estive reunido com toda a cúpula da Segurança Pública e Sistema Penitenciário e reforcei minha determinação de continuar agindo com todo o rigor e dentro da lei para coibir as ações criminosas e estabelecer o total controle das unidades prisionais, conforme todo o planejamento que já vem sendo feito no Ceará“, completou Santana.

Segundo o governador, o policiamento foi reforçado nas ruas desde a madrugada, quando inciaram os ataques. Nove pessoas foram autuadas e outras três estão sob investigação, suspeitas de participarem dos crimes.

A série de ataques ocorreu desde a madrugada desta quinta-feira. Confira a relação das ações:

  • Criminosos detonaram uma bomba contra a estrutura de um viaduto na Caucaia
  • Dois ônibus foram completamente queimados nos bairros Edson Queiroz e Canindezinho
  • Outros dois ônibus foram atacados nos bairros Bonsucesso e Serrinha. O Corpo de Bombeiros conseguiu apagar os incêndios
  • Por volta das 3h, homens armados incendiaram uma van no Bairro Conjunto Planalto Caucaia
  • Grupo criminoso incendiou seis veículos que eram utilizados pelo Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) de Horizonte. Os veículos foram atingidos por uma bomba caseira, pegaram fogo e ficaram destruídos
  • Câmeras de videomonitoramento foram atacadas na Barra do Ceará e no Bairro Bom Jardim
  • No Bairro Damas, bandidos arremessaram uma bomba caseira contra um posto de combustível. Um funcionário do local conseguiu apagar as chamas
  • Criminosos atiraram contra uma agência bancária no Otávio Bonfim
  • Fotossensores foram danificados por bandidos nos bairros Moura Brasil, Messejana e Quintino Cunha
  • No início da tarde, um sexto ônibus foi incendiado, na Avenida Cônego de Castro, próximo ao local onde havia ocorrido o primeiro ataque.

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