“Iria novamente a Paris”, diz Ciro sobre 2º turno entre Lula e Bolsonaro

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O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (18.abr), ter “convicção” de ter tomado a decisão certa ao ter deixado o país em 2018, quando foi a Paris durante o 2º turno das eleições presidenciais entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT).

“Eu faria hoje [viajaria] com muito mais convicção. Em 2018, fiz com grande angústia. Aquela eleição já estava perdida. Mesmo somando meus votos com os do Haddad, não alcançaríamos Bolsonaro. Lula mentiu para o povo dizendo que era candidato quando todos sabiam que não seria. Manipulou até 22 dias antes da eleição, deixando parte da população excitada”, afirmou.

Na entrevista, Ciro também afirmou que nunca mais fará aliança com o PT, definindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “cínico“.

“O lulopetista fanático não me apoiará. Prefere Bolsonaro. No Senado, Renan Calheiros e Eunício Oliveira apoiaram o impeachment. Aí, eu parto para cima dessa gente. E, um ano depois, lá está Lula agarrado a eles. E ainda tem quem ache que devo alguma coisa ao PT. Nunca mais faço aliança com eles”, afirmou.

“Lula virou uma pessoa que, o que diz de manhã, já não serve de tarde. Está tomado de ódio. Tudo o que domina Lula hoje é a vontade de se vingar. Lula tem cinismo. A gente faz monitoramento de rede. Eles continuam atacando a mim e a outras pessoas na blogosfera. Lula dá a ordem, eles fazem. Se existe gabinete do ódio com Bolsonaro, com o PT é igualzinho”, disse.

Afirmou, também, não ser provável uma aliança entre os demais pré-candidatos à Presidência anti-bolsonaro que também assinara uma carta-manifesto assinada a favor da democracia em 31 de março. Participaram da carta outros 5 pré-candidatos a presidente em 2022. Entre eles, os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Amoêdo (Novo), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o apresentador Luciano Huck (sem partido).

“Só conversei com o Mandetta, que foi quem costurou o manifesto (…) O ideal seria que todo mundo que acha que o lulopetismo e o bolsonarismo não prestam ao país fizesse enorme esforço de unificação para dar ao povo uma via alternativa concreta e produtiva que diminuísse o nível de ódio e paixão. Mas, realisticamente, não é provável”, afirmou.

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