O Secretario de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti (MDB), enviou nota esclarecendo sobre seu posicionamento em relação à descriminalização das drogas. Murilo disse que descriminalizar o porte de drogas e estabelecer uma política real de saúde pública para os dependentes químicos é uma bandeira que ele vai defender sempre. Para o Secretário as pessoas precisam de informação, de entender que drogas causam dependência, fazem mal à saúde e potencializam transtornos mentais já existentes.
Nota de Murilo Cavalcanti:
Essa polêmica alimenta debates há décadas. Canadá, Uruguai, Holanda e Portugal são alguns dos exemplos de países que optaram pela descriminalização das drogas. Enxergaram que dentro dos muitos ângulos dessa questão, o foco deve ser no tratamento dos doentes químicos e no investimento na informação para que mais pessoas não se tornem viciadas em entorpecentes.
O abuso de substâncias lícitas e ilícitas faz mal a saúde, diminui a produtividade, desagrega famílias e traz sofrimento e dor para todos os envolvidos. Isso precisa ficar claro. No entanto, dizer que a descriminalização só vai aumentar o número de dependentes vai de encontro às estatísticas do que aconteceu em todos os países que encararam essa alternativa.
A descriminalização barra uma outra tragédia, o encarceramento em massa de jovens negros e pobres. Os presídios brasileiros estão abarrotados de moradores da periferia, a grande maioria presa em flagrante portando drogas. Um espiral de erros e omissões abafados pelo discurso obtuso de que criminalizar essa juventude vai tornar a sociedade menos violenta. Com uma ressalva, essa sanha pela repressão vale pros outros, pros cidadãos de “segunda classe”, pros periféricos. Quando o flagrante é com alguém próximo, o viés humanista surge e a opção pelo tratamento se torna válida.
Descriminalizar o porte de drogas e estabelecer uma política real de saúde pública para os dependentes químicos é uma bandeira que sempre defenderei. As pessoas precisam de informação, de entender que drogas causam dependência, fazem mal à saúde e potencializam transtornos mentais já existentes.
Essa é verdade, O resto é o discurso fascista de quem quer distorcer informações, buscar a desqualificação dos adversários e politizar um tema tão serio como esse.