Nelson Teich se reúne hoje com governadores do Nordeste

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, finalizou o material a ser entregue sobre a situação da Covid-19 um dia após a primeira reunião com o ministro, conforme solicitado.

Alguns governadores, entretanto, atrasaram o envio o que também teria motivado o adiamento do segundo encontro. Na primeira ausculta, Teich não chegou a aprofundar a conversa sobre nenhuma tomada de decisão. Dois dias após o encontro, ao conceder sua primeira entrevista depois da posse, o titular da Saúde comprometeu-se a entregar uma “diretriz completa depois dos ajustes” em relação ao relaxamento da quarentena, o que deveria ocorrer esta semana.

O ministro definiu o Brasil como “heterogêneo” e falou em diretriz “customizada”. Na última segunda, voltou a realçar o caráter “heterogêneo” do País, mas avisou que não “haverá medida intempestiva” em relação ao isolamento social. Ontem, apontou “agravamento”. Em relação a Pernambuco, Paulo Câmara, como a coluna cantara a pedra, já havia avisado que não tinha como flexibilizar o isolamento, citou o aumento do número de casos e a falta de respiradores. Ontem, Pernambuco registrou mais 366 infectados pelo novo coronavírus no intervalo de 24 horas. Passou a somar, assim, 5.724 pessoas com a Covid-19, e computou aumento do número de mortes em 58, passando a contabilizar um total de 508 mortes.

Promessa de 100 respiradores
Pernambuco havia solicitado 100 respiradores ao Ministério da Saúde até o final de abril. Desse total, 20 foram entregues ao Estado. Hoje, Paulo Câmara irá reforçar a demanda pelos equipamentos. No relatório que o governador preparou, constam casos confirmados, volume de óbitos, medidas implementadas e os esforços contabilizados. Além de respiradores, ele cobra EPIs e argumenta que é preciso aumentar a capacidade de testagem.

Amarelo
Ainda ontem, Nelson Teichele declarou que “o respirador é o grande problema”. E realçou: “Não é um problema brasileiro, é mundial. A gente concorre com o mundo inteiro”. O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, colocou, ontem, Pernambuco entre os estados que mais preocupam no momento, junto com São Paulo, Rio, Ceará e Manaus.

Equidistância
Em Pernambuco, as opiniões se dividiram sobre as nomeações de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal e de André Mendonça para o Ministério da Justiça. Danilo Cabral não faz objeção aos currículos, mas observa que pesa sobre Ramagem a “aproximação e intimidade familiar com a família Bolsonaro”. O socialista argumenta que essa variável “pode trincar o que é atributo importante para o cargo: equidistância para apurar”.

Bons olhos
Silvio Costa Filho não acredita que “Ramagem vai suspender ou procrastinar investigações”. Grifa que ele é concursado. Sobre André Mendonça, define como “quadro competente, que tem respeito do STF, pessoa correta, proba”.

Por: Renata Bezerra de Melo/FolhaPE

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