Obra da ferrovia Transnordestina será retomada

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Obra da ferrovia Transnordestina será retomada

Depois de passar seis meses parada, após a rescisão do contrato com a Odebrecht, a obra da ferrovia Transnordestina será retomada. A Transnordestina Logística S.A. (TLSA) – responsável pelo empreendimento – garante que o projeto será intensificado nas próximas semanas. Apesar de não informar os nomes das construtoras que vão substituir a Odebrecht, no mercado a informação é que a Queiroz Galvão será responsável pelo trecho do Ceará, a CMT Engenharia ficará com os lotes em Pernambuco e a Civilport Engenharia com a parte do Piauí.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a TLSA confirma que a obra será remobilizada, mas não informa o número de trabalhadores nem os nomes das empreiteiras. “A construção da ferrovia Transnordestina está em curso e terá seu ritmo intensificado nas próximas semanas. Estão sendo mobilizadas novas equipes, equipamentos e materiais para as novas frentes de trabalho que estão sendo instaladas”, diz, em nota encaminhada ao JC.

O titular da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Paes Landim, adianta que amanhã em Brasília será assinada a última parte da repactuação do contrato entre a Transnordestina, a autarquia e o Ministério dos Transportes. Desde 2012, ministérios, fontes financiadoras e TLSA discutiam como desatar a obra, que está há sete anos em execução. O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que foi assinado em novembro do ano passado, foi uma tentativa de acalentar os interesses da TLSA e do governo. Um acordo de investimento permitiu um aumento de R$ 5,4 bilhões para R$ 7,54 bilhões no orçamento da obra. A TLSA vinha pressionando pelo reajuste. Por outro lado, a empresa terá que apresentar um cronograma confiável sob pena de multa e até de perda da concessão.

“A assinatura de amanhã é desdobramento desses ajustes”, diz Landim, sem detalhar. O pacote de mudanças também incluiu o aumento do prazo de concessão da ferrovia para 2057. Em setembro de 2013, a Sudene aumentou para 51,4% o financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) na obra. O regulamento do fundo prevê que o pagamento do financiamento pode ser pago em dinheiro ou por meio da conversão do valor devido em ações.

Com 1.728 quilômetros, a ferrovia vai ligar a cidade de Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Pecém (no Ceará) e ao de Suape. Quando a obra foi desmobilizada estava com cerca de 4 mil operários.

Jornal do Commercio

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