Professor pré-candidato a prefeito de Belém do São Francisco fala dos desafios para tirar município de crise

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Com um discurso de forte crítica aos tradicionais grupos políticos que se revezam na administração de Belém do São Francisco há décadas, o professor de História Evanilson Maia se lançou pré-candidato a prefeito do município recentemente. Docente da Escola Técnica Estadual Maria Emília Cantarelli, Maia afirma que forjou toda sua vida profissional na educação e, por entender que a educação é uma ferramenta de transformação de vidas, sempre esteve engajado na política.

“Sempre tive compreensão que a política serve para melhorar nosso entorno. Ela precisa dar conta da construção dessa cidade, que atenda aos anseios da população. A política precisa ser uma ferramenta de transformação para uma vida mais feliz da população. É nessa linha que a gente vem hoje se colocando como uma voz, que pode ser uma voz que amplia um sentimento da população belemita hoje”, ressalta.

Para Evanilson, os principais desafios do município hoje são nas áreas da educação e agricultura. “A gente precisa pensar a agricultura, mas não de uma maneira dentro do próprio município, mas de maneira ampla. A agricultura belemita precisa de apoio de deputados, precisa de projetos estruturadores, precisa que o Governo do Estado possa estar pensando os instrumentos de apoio ao incentivo e amparo ao agricultor”, frisa.

Ele lembra que o município tem forte potencial educacional desde a década de 70. “Belém desde a década de 70 que ela é um farol para os municípios circunvizinhos e até para estados que fazem fronteira com Pernambuco. Essa educação também é uma saída. Precisamos diversificar cada vez mais os cursos. Precisamos apoiar o Cesvasf. Precisamos não criar constrangimentos, nem ingerência para essas instituições. Pelo contrário, facilitar o máximo para que elas possam ter novos cursos”, salienta.

O professor acredita que há um esgotamento dos quadros políticos tradicionais. “Eu sempre refleti que a gente precisa formar novos quadros para dar conta de problemas complexos que o nosso município atravessa, que não são recentes. O que a gente observa é que há um grupo que vai se revezando no poder, grupo esse que vem de uma família tradicional. Desde a fundação política do nosso município que essa família se alterna no poder e essa família não tem dado conta de atender os anseios da população belemita.”

Por isso, assegura que não pretende se aliar aos grupos convencionais. “Não teremos, em momento nenhum, qualquer afinidade ou simpatia com essas forças tradicionais. Respeito como democrata que sou, porém, nós seremos essa voz que vai tentar esclarecer que esse projeto político que se apresentou até o momento é o culpado pelo grande atraso do nosso município. Essas forças representam o atraso de Belém”, aponta, colocando-se como pré-candidato independente ao governo municipal.

Reportagem por Didi Galvão | Redação por Chico Gomes

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