A eleição deste ano no Recife já é histórica pelo simples fato de ter uma briga em família pelo comando da capital pernambucana, de um lado o deputado mais votado na eleição passada e que é filho do ex-governador Eduardo Campos, por outro lado está a deputada que ficou com a segunda maior votação na mesma eleição e que é prima legitima do pai de seu oponente. Embora um tem Campos no sobrenome e a outra Arraes, ambos são herdeiros políticos do ex-governador Miguel Arraes.
Marília Arraes (PT), neta de Miguel Arraes, mais uma vez ficou alguns votos atrás do primo. Semelhantemente o que aconteceu nas eleições de 2018, no primeiro turno das eleições deste ano Marília ficou com a segunda maior votação. A corrida no segundo turno teve inicio com Marília avançando e aparecendo numericamente à frente na primeira pesquisa Ibope, em 18 de novembro o instituo divulgou pesquisa onde a petista estava com 45% e o primo com 41% das intenções de votos.
João Campos (PSB), bisneto de Miguel Arraes, foi o primeiro colocado na votação no segundo turno. Viu sua prima avançar no inicio da disputa no segundo turno, partiu para o ataque e faltando apenas 4 dias para a realização do pleito eleitoral vira o jogo e já aparece numericamente a frente. A pesquisa Ibope divulgada no dia 25 de novembro e que foi encomenda pela TV Globo e Jornal do Commercio, traz números bem diferentes da pesquisa anterior e nessa João tem 43% e Marília 41% dos votos.
Como a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate técnico entre os primos João Campos e Marília Arraes. Isso mostra que a disputa na capital pernambucana está totalmente indefinida, serão três dias de acirramento e busca incessante de voto a voto pelos postulantes. Mesmo não estando mais presente uma coisa é certo nessas eleições, qualquer um dos dois (João e Marília) que for eleito prefeito do Recife já faz de Miguel Arraes e Eduardo Campos vencedores.