Seca leva Governo do Estado a comprar carne

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Como medida para proteger os pecuaristas familiares ante à estiagem no Nordeste, o Governo do Estado anunciou a compra de 128 mil caprinos e 28 mil ovinos num valor total de R$ 30 milhões. A iniciativa beneficiará 28 mil criadores pernambucanos, espalhados principalmente no Sertão – maior castigado pela seca. Ao todo, são 1,9 milhão de carneiros e ovelhas e 1,6 milhão de bodes e cabras espalhadas pelo Estado.
O secretário estadual de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, explica que a medida visa, além de manter os rebanhos, regularizar o preço de mercado com a compra a um preço equivalente a R$ 50, 00. O governo vai adquirir parte desses animais num valor de R$ 133,00.
“É óbvio que vai diminuir a quantidade desses animais, porém resolvemos colocar essas ações em prática, porque os criadores estavam vendendo os animais a um preço muito abaixo do custo. Com essa compra, você devolve ao pequeno criador toda a remuneração para que ele mantenha a capacidade de dar as melhores condições à criação do seu gado”, afirmou o secretário Ranilson Ramos.
Criar um planejamento buscando implementar políticas preventivas é a solução mais viável para este tipo de problema. Contudo, Ramos diz que não era possível prever que o Estado e a Região Nordeste passariam pela maior estiagem de todos os tempos.
“A cadeia de caprinos e ovinos é muito resistente à estiagem. Não sabíamos que esta seca seria tão grave”, disse. A medida será feita em parceira com o Governo Federal, que irá comprar parte desses rebanhos, através da Companhia Nacional de Abastecimento (Cohab), que tem como função administrar políticas agrícolas e de abastecimento.
No caso da criação bovina, o governo resolveu criar um projeto para a plantação de 43 mil hectares de milho, já que o alimento é a principal fonte de energia das 550 mil vacas no Estado. Segundo o dirigente, os criadores adquiriam 60 quilos de milho por R$ 40,45, mas com o subsídio do governo, tal aquisição será feita por R$ 18, 12.
“Esse outro projeto serve para não deixar cair a produção leiteira em Pernambuco. A diferença é que na política da compra de gado você retira os animais; na do plantio, você busca suprimir os criadores com milho. Tudo para não deixar cair o rebanho e o preço de mercado”, completou Ramos.
Por sua vez, o presidente da Associação Pernambucana dos Criadores Caprinos e Ovinos, Gidelte Magalhães, informou que desconhece a medida até o momento.
Pernambuco 247 tentou entrar em contato com a Cohab, mas não teve êxito até a publicação desta matéria.
Por: Leonardo Lucena PE 247

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