Vacinação contra a Covid-19 já apresenta resultados positivos entre trabalhadores da saúde

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Enquanto casos graves na população em geral tiveram aumento exponencial, evolução em trabalhadores da categoria se manteve estável

Os esforços para vacinar contra a Covid-19 os trabalhadores da saúde em Pernambuco já começam a apresentar resultados. Enquanto o número de casos graves na população em geral teve aumento exponencial na fase mais crítica da pandemia agora em 2021, a evolução da doença entre os profissionais da categoria ao longo das últimas semanas se manteve na estabilidade após o início da imunização no Estado.

De acordo com o levantamento, entre a semana epidemiológica (SE) 40 e a SE 53 de 2020, a média semanal de casos graves entre a população em geral foi 266 ocorrências – sendo 155 o menor número e 450 o ápice de registros. Já entre a SE 03 de 2021 até a última semana epidemiológica completa deste ano (SE 13), essa média pulou para 500 casos semanais – sendo 531 o menor número e 828 o maior número de ocorrências.

Já entre os trabalhadores da saúde, o cenário, que, seguindo as perspectivas, também deveria ser de aumento de casos, foi registrado o oposto. Entre a SE 40 e a SE 53 de 2020, a média de casos graves em profissionais da categoria foi de quatro registros – com variação entre uma e sete ocorrências. Com o início, este ano, da vacinação neste público, a média de casos se manteve estável, com três registros semanais – variando entre zero ocorrências e seis casos.

“Já havíamos constatado a eficácia da vacina nos idosos com mais de 85 anos, com a diminuição de internações neste público. Agora, percebemos a estabilidade entre os trabalhadores da saúde. Esses dados apontam que precisamos de mais vacinas, porque, além de seguras, trazem impactos importantes no controle da doença. Os indicadores nos dão esperança em superarmos a pandemia e reforçam, ainda mais, a necessidade de acelerar e avançar neste processo de imunização”, ressaltou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, durante coletiva online do Governo de Pernambuco na tarde desta quinta-feira (08/04).

O gestor ainda reforçou que, na vacinação no público em geral, já foram aplicados, pelo menos, oito de cada dez imunizantes destinados para a primeira dose. Isso significa 991.876 de mais de 1,1 milhão de doses. Ou seja, já foram utilizadas 86,8% das primeiras doses.  Ao todo, o Estado já aplicou 1.274.254 doses da vacina contra a Covid-19, das quais 991.876 foram primeiras doses.

VACINAS – Pernambuco recebeu na tarde de hoje uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19, sendo 102 mil da Astrazeneca/Oxford/Fiocruz e 85.400 da Coronavac/Butantan, totalizando 187.400. O insumo possibilitará o avanço na aplicação da primeira dose nos idosos entre 65 e 69 anos e dos trabalhadores das forças de segurança e salvamento, além da segunda dose de idosos de 70 a 74 anos e a partir dos 85.

“Os municípios pernambucanos já conseguiram aplicar mais de 85% das vacinas destinadas para a primeira dose e estão mobilizados para ofertar a segunda em tempo oportuno, de acordo com o tipo do imunizante aplicado. Tivemos um aumento das entregas do insumo desde a segunda quinzena de março e esperamos que as remessas continuem chegando em boa quantidade semanalmente para que possamos finalizar os grupos que já estão sendo atendidos e, com isso, possamos avançar nas outras populações prioritárias”, afirma o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Até o momento, estão sendo vacinados idosos a partir dos 65 anos, idosos e pessoas com deficiência institucionalizados, trabalhadores de saúde, povos indígenas aldeados, povos e comunidades quilombolas tradicionais e trabalhadores das forças de segurança e salvamento. Com a nova remessa, sobe para 1.639.960 doses da Coronavac/Butantan e 380.970 da Astrazeneca/Fiocruz recebidas por Pernambuco, totalizando 2.020.930 de unidades dos imunizantes.

INFLUENZA – Paralela à campanha de vacinação contra a Covid-19, Pernambuco inicia, na próxima segunda-feira (12/04), a imunização contra a influenza. A iniciativa, que contemplará mais de 3,5 milhões de pessoas, será dividida em três etapas e irá se estender até o mês de julho. A primeira fase segue até 10/05 e, inicialmente, devem ser priorizadas crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, puérperas e população indígena de 6 meses a 8 anos.

Para dar início à Campanha, o Ministério da Saúde encaminhou 338.400 doses do imunizante contra a influenza e o insumo já foi distribuído a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde. A Secretaria, por meio do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), já encaminhou mais de 4 milhões de seringas e agulhas para a operacionalização de toda a campanha.

“No cenário de pandemia, a vacina contra a influenza é importante para que possamos proteger os grupos mais vulneráveis contra esses vírus, que também têm relevância para o sistema de saúde. Quanto mais vacinados, menor risco de adoecimento e, consequentemente, teremos menos pessoas suspeitas para infecções respiratórias. Isso, sem dúvida, evitará um impacto ainda maior na nossa rede de saúde. Por isso, se você ama seu filho, não deixe de levá-lo ao posto de vacinação”, alertou o secretário André Longo.

A vacina contra a influenza protege contra três cepas do vírus: A (H1N1), A (H3N2) e B. Seu objetivo é evitar complicações decorrentes desses vírus e, consequentemente, hospitalizações e mortes, além de diminuir a circulação viral. A expectativa é proteger, no mínimo, 90% do público prioritário.

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS – Durante a coletiva de imprensa online do Governo de Pernambuco, o secretário estadual de Saúde realizou a análise dos indicadores da última Semana Epidemiológica (SE 13), que corresponde ao período de 28/03 a 03/04. De acordo com André Longo, o Estado continua observando uma desaceleração da doença, mas alertou que o cenário ainda é preocupante e que os dados continuam em patamares elevados.

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), pela primeira vez desde o final de janeiro, apresentaram queda, com 1.681 casos notificados na semana passada. O número corresponde a uma redução de 2,2% em comparação com a semana anterior, que registrou 1.719 casos – o que aponta para um quadro de estabilidade. Já em relação às solicitações na central de regulação, pela primeira vez neste ano, Pernambuco registra, por duas semanas seguidas, redução nos pedidos por internação em UTI.  Houve uma redução de 11% na comparação entre a semana passada (SE 13) a anterior (SE 12), que, por sua vez, já tinha registrado uma redução de 4% em comparação a semana epidemiológica 11 (14 a 20/03).

Na análise da taxa de mortalidade, de acordo com levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs/OMS), nos últimos 30 dias, Pernambuco possui a menor taxa de mortalidade do país nos últimos 30 dias. Em 2020, o Estado teve a 12ª maior taxa do país e no acumulado de 2021, registra a segunda menor taxa.

“Este indicador é reflexo direto do grande esforço de abertura de leitos que estamos fazendo, por determinação do governador Paulo Câmara, e também das medidas de isolamento. Ao todo, desde março, já são 1.578 vagas de UTI, das quais 550 abertas em 40 dias. Com isso, conseguimos internar um número cada vez maior de pacientes, de forma mais precoce, conseguindo, assim, salvar mais vidas”, analisou André Longo.

O gestor estadual pondera, no entanto, que, para que os dados se transformem em tendência de queda sustentada, com a consequente diminuição da pressão sobre a rede de saúde, é preciso que a população reforce o distanciamento social, e, principalmente, o uso correto da máscara. “É possível conciliar o avanço na retomada das atividades com a redução dos indicadores. Para isso, é preciso que todos tenham consciência e estejam unidos em prol da vida. O seu comportamento ao negar a gravidade do vírus; ao não usar máscara, além de ter um grande potencial de adoecimento para você mesmo, pode levar o sofrimento para quem está ao seu lado. É um comportamento que pode provocar o pior para alguém que você ama. Ações salvam vidas”, salientou o secretário.

BOLETIM – A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quinta-feira (08/04), 2.884 casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 199 (7%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 2.685 (93%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 364.354 casos confirmados da doença, sendo 37.227 graves e 327.127 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha.

Além disso, o boletim registra um total de 307.902 pacientes recuperados da doença. Destes, 21.429 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 286.473 eram casos leves. Também foram confirmados laboratorialmente 82 novos óbitos (42 masculinos e 40 femininos), ocorridos entre os dias 24/09/2020 e 07/04/2021.

As novas mortes são de pessoas residentes dos municípios de Belo Jardim (1), Brejinho (2), Buíque (1), Cabo de Santo Agostinho (2), Camaragibe (1), Carnaíba (2), Custódia (1), Escada (2), Garanhuns (2), Gravatá (2), Itambé (1), Jaboatão dos Guararapes (7), Olinda (8), Orobó (2), Paudalho (2), Paulista (3), Petrolina (8), Pombos (1), Recife (25), Saloá (1), São Benedito do Sul (1), São Bento do Una (3), São José da Coroa Grande (1), São José do Egito (1), Tabira (1) e Vitória de Santo Antão (1). Com isso, o Estado totaliza 12.623 mortes pela doença.

Os pacientes tinham idades entre 28 e 95 anos. As faixas etárias são: 20 a 29 (1), 30 a 39 (5), 40 a 49 (8), 50 a 59 (13), 60 a 69 (13), 70 a 79 (29), 80 ou mais (13). Do total, 66 tinham doenças pré-existentes: doença cardiovascular (39), diabetes (32), obesidade (16), hipertensão (14), doença respiratória (7), doença renal (7), tabagismo/histórico de tabagismo (7), etilismo (2), doença neurológica (1), imunossupressão (1), doença de Alzheimer (1), câncer (1) e histórico de AVC (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Dois pacientes não tinham comorbidades e os demais seguem em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 27.959 casos foram confirmados e 47.363 descartados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais. O boletim de hoje também traz, em sua parte final, o detalhamento da testagem destes profissionais.

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