Volta às aulas em Pernambuco é tema de novo debate na Comissão de Educação

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Parlamentares da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa devem ouvir autoridades médicas e especialistas antes de firmar um posicionamento sobre a volta às aulas em Pernambuco. A decisão foi tomada em reunião realizada remotamente, nesta terça, em que deputados discutiram a questão com representantes da comunidade escolar.

O presidente do Colegiado, deputado Romário Dias, do PSD, informou que a suspensão das aulas foi prorrogada pelo Governo do Estado até 22 de setembro, tanto na rede pública, quanto na particular. Com isso, os alunos continuam tendo aulas online. Na avaliação da diretora acadêmica da Associação Cristã de Boa Viagem, Cristiane Assis, não há motivos para que os estudantes permaneçam em casa. “Você sabe que as praias estão lotadas, os parques estão lotados, que os shoppings estão lotados, então não faz sentido achar que a criança indo para a escola é que vai ser contaminada. As crianças são 1% apenas dos doentes no mundo inteiro.”

A mesma opinião foi compartilhada pelo representante dos pais dos alunos, Rodrigo Canuto, que colheu cerca de três mil assinaturas solicitando o retorno das aulas presenciais. “As escolas estão fechadas desde março, senhor presidente. Nunca se viu isso antes, mesmo com vírus mais letais para crianças, como a influenza. Que pandemia é essa, senhor presidente, que estamos vivendo, se a Prefeitura do Recife já desativou o serviço do Samu para este fim?”

Já o representante do Comitê Pernambucano de Educação do Campo, André Luiz Gonçalves, disse que é precipitada a decisão de retomar as aulas, o que pode colocar em risco a vida dos envolvidos. “Só pode voltar às aulas com a vacina, não é possível jogar crianças, jovens, pais, professores, idosos, nos braços da Covid-19.”

A deputada Clarissa Tércio, do PSC, que solicitou a realização do debate, afirmou que vai protocolar um pedido de informação para que o Governo do Estado esclareça o motivo de manter as aulas suspensas. “Crianças com pensamentos suicidas, crianças com depressão, crianças com crises de ansiedade, crianças desenvolvendo transtornos psicológicos por conta dessa pandemia. Então, as crianças estão tendo danos bem piores do que o risco de voltar às aulas.”

Os deputados Antônio Fernando, do PSC, e Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas, do PSOL, defenderam a necessidade de ouvir mais especialistas no assunto antes de firmar uma posição do Colegiado sobre o tema. Professor Paulo Dutra, do PSB, concordou que o momento ainda é de discussão e que a rede de ensino deve seguir as orientações do Governo do Estado até o dia 22 de setembro.

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