Ações emergenciais na pauta

0

Para amenizar o sofrimento da­queles que estão sendo atingidos pela estiagem, os governos do Estado e Federal criaram e divulgaram ações emergenciais. As medidas agregam des­de a liberação de crédito pa­ra os pequenos produtores, com a renegociação de dívidas de financiamentos, assim como gran­des investimentos em recursos hídricos para garantir o abastecimento de água nas regiões afetadas, que já represen­tam 48% dos municípios pernam­bucanos, atingindo 800 mil pessoas. 
As medidas mais recentes, sancionadas pelo governador Eduardo Campos, dizem respeito à desoneração do ICMS para a compra de ração animal; o aumento do preço do litro de leite pago ao produtor, que fornece para o Programa Leite de Todos, de R$ 0,76 para R$ 1  o leite de vaca, e de R$ 1,30 para R$ 1,50 o preço do litro do leite de cabra. Além disso, foi efetivada a contratação temporária de 30 técnicos, que ficarão responsáveis pela elaboração de projetos para captação de financiamento da linha de crédito disponibilizada pelo Fundo Constitucional do Nordeste (FNE), para os produtores dos municípios afetados pela estiagem, no valor de R$ 1 bilhão.
No quesito hídrico, o governador inaugurou um sistema de abastecimento de água, com a instalação de adutora, com implantação de nove quilômetros de rede de distribuição, no distrito de Algodões, em Sertânia, no Sertão do Moxotó, na última sexta-feira. Também foi anunciada a recuperação e instalação de 1,8 mil poços e 350 dessalinizadores (processos físico-químicos para retirar o excesso de sal e outros minerais da água), além da liberação de R$ 164,4 milhões para a contratação de carros-pipas.
Na visão do presidente da Federação de Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra, todavia, ainda há muito que ser feito para reverter à situação. “Falta a decisão da sociedade brasileira de enfrentar a situação, que é uma mazela das nossas raízes. Quando der a primeira chuva, o problema será esquecido, como sempre aconteceu”, comenta. O presidente questiona, por exemplo, como um País, que é a sexta economia do mundo e almeja fazer parte do Conselho de Segurança da ONU, ainda não foi capaz de construir uma solução definitiva para o problema do semiárido, assim como se viabilizou para o serrado. “Existem hoje investimentos astronômicos para a  Copa do Mundo, para as descobertas do pré-sal, então, por que não investir recursos e conhecimentos sistematicamente para encontrar as soluções para a Região?”, contesta Pio Guerra.
Folha de Pernambuco

DEIXE UMA RESPOSTA

Comentar
Seu nome