Venho através deste meio de comunicação, com o respeito que os cidadãos orocoense merecem, esclarecer os motivos da minha saída do partido ao qual eu pertencia.
Todos sabem da minha trajetória no ramo empresarial e de agricultor, em Orocó. Sempre tentei ser coerente entre o que falava e o que vivia, tendo como princípio norteador, a honestidade e a transparência.
No pleito de 2008 fui convidado pelo então prefeito do município para disputa das eleições. Por amor ao partido e por acreditar nos seus ideais, e com o pensamento de poder contribuir diretamente no desenvolvimento da minha cidade, abracei a proposta, mesmo contrariando a vontade da minha família.
Todos sabem dos resultados: perdi a eleição por 6 votos e, conseqüentemente, todo o comércios da família. Não baixei a cabeça em nenhum momento por saber que as vezes as coisas não são coincidência e sim providência. Nesses quatros anos, mesmo sem condições financeiras, não me afastei do povo e nem do partido. Com a aproximação dessa nova eleição, vi a chance de poder concorrer novamente na majoritária. Procurei a base aliada do partido, ao qual me informaram que precisaria de uma pesquisa para a definição da chapa. Foi feita a pesquisa e sai em primeiro lugar. Contrariando o que haviam dito, não me aceitaram como o candidato, por alegação que “esmoler” não poderia concorrer a nenhum cargo político. Alheios ao meu conhecimento e às escondidas formaram a chapa majoritária em reuniões secretas. Com a falta de respeito e desdém manifestado por alguns partidários, tomei a decisão de me desligar do partido que eu tinha como minha segunda casa. Não levo mágoas e nem inimigos, apenas tristeza por saber que na opinião de alguns, o dinheiro está em primeiro lugar. Esperei respeito e lealdade, recíproca que permeia as relações verdadeiras de amizade e companheirismo. Faço uso das palavras de Confúcio para me expressar : “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.” Tenho certeza que nossa maior glória não reside no fato de nunca cairmos, mas sim em levantarmo-nos sempre depois de cada queda.
Da mesma forma que sempre me portei, tratarei com dignidade e respeito meus atuais adversários políticos.
Acredito firmemente que na vida há coisas mais importantes do que bens materiais: a honra, a moral e a consciência tranqüila.
Eu tenho um sonho até um pouco ingênuo, queria que os homens soubessem amar o tanto que sabem fingir, por que a verdade é filha do tempo e não da autoridade.
Sem mais no momento, expresso meu agradecimento a todos que compreenderam e me apoiaram nessa decisão.
Que sejamos abençoados por Deus.
Roberto Bolivar