João de Deus é considerado foragido e entra na lista da Interpol

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O MP-GO (Ministério Público de Goiás) considera João de Deus foragido. Na tarde deste sábado (15), a assessoria de imprensa da força-tarefa enviou à imprensa a mensagem: “A partir de agora, ele é considerado oficialmente foragido.

A força-tarefa ainda divulgou uma nota de esclarecimento em relação ao médium e informou que ele será incluído na lista da Interpol para que seja preso no Brasil ou em qualquer lugar do mundo caso saia do país.

“A Força-Tarefa que atua no caso de Abadiânia informa que o senhor João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, passou a ser considerado foragido, pois as diligências de localização em todos os seus endereços resultaram negativas e o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão, a despeito das tentativas de negociação com a defesa.

Assim, poderá ser preso por qualquer autoridade policial brasileira ou estrangeira, com auxílio da Interpol, caso saia do país. O mandado de prisão está inserido no BNMP.

Acrescenta, em face das declarações públicas de um dos advogados de defesa, que não negou acesso ao Procedimento de Investigação Criminal. Ao contrário. Houve despacho deferindo o pedido, mas, até o momento, o requerente não procurou o Ministério Público para retirar cópia dos autos, não obstante tentativas de contato.”

Na manhã deste sábado (15), o delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, André Fernandes de Almeida, declarou que João de Deus provavelmente não está em Goiás.

Até a noite de sexta-feira (14), o MP de Goiás havia recebido denúncias de seis países contra João de Deus. Ainda segundo o MP-GO, desde segunda (10), quando foi criado o e-mail para recebimento de denúncias de vítimas, foram atendidos 335 mensagens e contatos por telefone.

Pedido de Prisão
A Justiça de Abadiânia (GO) acatou o pedido do MP-GO (Ministério Público de Goiás) e decidiu pela prisão preventiva de João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás.

Após ter a prisão decretada pela Justiça de Abadiânia (GO), o médium João de Deus deve se apresentar para a polícia para ser detido. É isso que acredita o advogado Thales Jayme, amigo do suspeito de assediar sexualmente centenas de mulheres durante rituais religiosos.

A defesa de João de Deus enviou uma nota à imprensa na tarde desta sexta (14) após o pedido de prisão.

“Nota da defesa de João de Deus

1. Na última segunda-feira, dia 10/12/2018, estivemos no MP estadual em Goiania  para obter cópias dos depoimentos prestados pelas vitimas e amplamente noticiados pela imprensa. O pedido foi negado sob o argumento da preservação do sigilo.

2. Agora veio o decreto de prisão preventiva e, estranhamente, nos disseram que o processo fora encaminhado de Abadiânia para Goiânia a fim de que o MP tomasse ciência da decisão. Sim, é importante que o órgão acusatório tome ciência, mas ninguém se preocupou em disponibilizar uma simples cópia da decisão para a defesa.

3. É inaceitável a utilização de pretextos e artifícios para se impedir o exercício do direito de defesa. Sobretudo no que diz com o direito básico de se aferir a legalidade da decisão mediante a impetração de habeas corpus. Até mesmo o número do processo não se disponibiliza à defesa.

4. Que a autoridade judiciária queira impor a preventiva, embora possamos discordar, é compreensível, mas negar acesso aos autos, chega a ser assombroso.”

Entenda o caso
Na noite de quarta (12), a Promotoria de Justiça de Goiás solicitou a prisão preventiva do médium, cinco dias depois de as primeiras denúncias de abusos sexuais começarem a aparecer.

Uma força-tarefa foi criada pelo MP para ouvir as vítimas do médium. Até a noite desta quinta-feira (13), 330 mulheres, só em Goiás, foram atendidas pela equipe criada especialmente para atender o caso.

Em sua primeira aparição pública após as denúncias, na manhã desta quarta-feira (12), João de Deus ficou cerca de 10 minutos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás. O médium e se disse inocente e declarou ainda que estava à disposição da Justiça.

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