Vídeos de Alcaçuz circulam na web; tem até ‘churrasco de PCC’

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Imagens feitas dentro dos presídios circulam no YouTube e no WhatsApp

A crise prisional é destaque desde o início do ano graças a uma sucessão de motins em presídios do país, que ocasionaram mais de 130 mortes brutais. Informações e cenas estarrecedoras são divulgadas constantemente, inclusive, pelos próprios presos. Há vídeos gravados de dentro dos presídios circulando no YouTube e em grupos do WhatsApp. Da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, palco de uma rebelião que causou pelo menos 26 assassinatos, e onde o clima ainda é de tensão, já se viu troca de tiros e agora um churrasco que supostamente seria de carne humana.

As imagens mostram integrantes da facção Sindicato do Crime do RN reunidos em torno de uma fogueira. Vários detentos aparecem nas imagens. Alguns deles têm os rostos cobertos. Outros se gabam de um espeto com pedaços de carne, que seriam humanas. “Isso é um churrasco de PCC”, ironiza um deles. “E isso é só o começo”, alerta outro detento, que aparece armado com uma espécie de facão.

Um outro vídeo divulgado nesta semana teria sido feito por um agente penitenciário. A imagem, que circulou pelo WhatsApp, mostra um homem que se apresenta como agente de segurança, aparentemente de uma das guaritas, revelando o presídio dividido em dois, com os presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) de um lado e os do Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte do outro.

Em outro vídeo, feito por um detento de Alcaçuz, o aviso: “Os guariteiros tudo atirando nos preso (sic)”.

Corpos

Neste domingo, o governo informou que a busca por mais corpos em Alcaçuz esbarra em um obstáculo invisível às câmeras da imprensa que, desde o massacre de 26 presos na semana passada, vigiam diariamente a unidade. São 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.

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