60 anos do golpe militar e dos grandes oportunistas

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É sempre bom trazer à memória tudo aquilo que pode nos dar esperança e reacender a confiança no próprio povo brasileiro, nesse caso a esperança é pela certeza de que nunca mais o Brasil vai experimentar outro modelo de governo que não seja a democracia. Relembrar o 31 de março de 1964 não é comemorar a data, até mesmo porque foram muitos os brasileiros que tiraram proveito do momento e até ocuparam cargo importantes.

Relembrar o 31 de março de 1964 é trazer à memória que muitos governadores dos estados foram nomeados pelo regime, inclusive cinco pernambucanos vistos como inquestionáveis democratas. Foram nomeados pela vontade da ditadura militar os seguintes governadores de Pernambuco: Paulo Guerra; Nilo Coelho; Eraldo Gueiros; Moura Cavalcanti e Marco Maciel, esse usou o regime para fazer seu sucessor em 1982.

Ao longo do regime muitos empresários por este Brasil afora sempre fantasiados de democratas, aproveitaram a ditadura pra garantir bons empréstimos com o dinheiro público. Nos finais de semana saiam nas passeatas pedindo o fim da ditadura militar, durante a semana estavam com os gerentes de bancos públicos para garantir que recursos dos bancos estatais fossem garantidos para seus negócios.

Claro que durante os 21 anos da ditadura militar, muitos brasileiros lutaram pelo retorno da democracia. No entanto, muitos foram apenas oportunistas de plantão. Miguel Arraes foi eleito pela vontade do povo em 1962, sendo deposto em 1964. Ao longo dos 21 anos a luta de Marcos Freire; Jarbas Vasconcelos; Cristina Tavares; Fernando Lyra, entre tantos outros, recolocou por outras duas vezes, Arraes no comando do Estado (1986 e 1994).

A democracia por mais que tenha suas falhas, nela o povo se sente mais seguro. A democracia atual do Brasil é sustentada politicamente por muitos filhotes da ditadura, por essa razão e talvez, tenhamos tantos problemas. Mesmo assim, sem nenhuma dúvida a democracia é o melhor regime de governo para uma Nação. Por mais que tenhamos falhas no Executivo; Legislativo e Judiciário, o que precisamos é de correções no modelo.

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