A histórica aliança PSB e PT deve se repetir em 2022

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciou sua corrida presidencial em 1989 já tendo como principal aliado o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Por sinal o vice de Lula naquela eleição foi o senador José Paulo Bisol do PSB-RS, contando com total apoio do governador pernambucano Miguel Arraes de Alencar. PT e PSB mantiveram aliança até a primeira eleição de Dilma em 2010, a ruptura se deu em 2014 com a caminhada de Eduardo Campos rumo à Presidência da República.

Conversas preliminares indicam que o PSB estaria disposto a marchar com o presidenciável Ciro Gomes, mas o PDT do ex-ministro não tem muito a oferecer ao PSB e por essa razão a união das duas siglas torna-se improvável. Para a construção de uma aliança partidária é levado em consideração também a situação em cada Estado, Pernambuco onde o PSB ganhou as últimas 4 eleições para o governo, quer permanecer com a hegemonia e até já tem nome definido para a disputa de 2022.

Com a possibilidade de Lula entrar na disputa pela Presidência da República, o PT deu inicio a uma série de investidas para garantir unidade partidária e reforçar as alianças. Lula esqueceu o desconforto interno no partido na disputa por vagas na mesa diretora da Câmara dos Deputados, na oportunidade a deputada pernambucana Marília Arraes desrespeitou as orientações do seu partido e disputou uma cadeira. Até se falou em expulsão de Marília do PT, Lula não gostou do que foi tratado como traição por parte da deputada.

Com o PSB namorando o PDT de olho em 2022 o ex-presidente Lula mandou um recado, o nome da deputada Marília Arraes está pronto para entrar na disputa pela sucessão de Paulo Câmara. O filme que os pernambucanos vão assistir em 2022 é o mesmo que passou em 2018, Marília sendo rifada pelo próprio partido e o PT mantendo aliança com o PSB. Com grandes possibilidades do PT indicar nome para a majoritária no Estado, ainda com o PSB voltando a ser vice na chapa presidencial de Lula.

Como a principal liderança do PT de Pernambuco está no exercício de um mandato que teve inicio em 2019 e vai até 2027, é possível que o nome Marília seja aproveitado para compor a majoritária liderada pelo PSB. Mas se a neta de Miguel Arraes levar adiante o desejo de disputar o Governo do Estado, vai ter que optar por sair do partido que está e ingressar numa legenda da oposição. Como disse um petista histórico, à palavra final será sempre a de Lula, aos demais cabe apenas cumprir e pronto.

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