Acusado de matar professora em Petrolina é julgado quase 25 anos depois do crime

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Fonte: G1 Petrolina

Familiares e amigos da professora Mery Vânia de Almeida compareceram nesta terça-feira (24) ao Fórum de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, para acompanhar o julgamento de Nilson Caxias de Souza. O réu é acusado de assassinar a vítima a facadas, em abril de 1998. O homem foi preso em 2021 e confessou o crime.

A camisa branca com a foto da professora trazia o que a família e todos que conviveram com a professora esperam por quase 25 anos: “Justiça por Vânia”. Na época com 7 anos, a filha da vítima, Jéssica Almeida Peixinho, testemunhou o crime. Agora, ela espera que, finalmente, o caso chegue ao fim.

“A data de hoje para gente é extremamente importante, algo que a gente vem esperando há muitos anos e essa espera finalmente chegou. Hoje é o júri popular e a gente tem muita confiança na condenação, porque ele vai ser julgado pela sociedade”, afirma Jéssica.

Nilson Caxias foi preso em setembro de 2021, na cidade de Simões Filhos, na região metropolitana de Salvador. Ele levava uma vida normal, casado, com três filhos, casa própria e trabalhando com frete. O crime só não prescreveu porque em 2014 o juiz suspendeu a prescrição até a prisão do suspeito.

O júri popular começou por volta das 8h. Sete jurados definiram que Nilson Caxias é culpado pelo crime. O réu, que está preso em Salvador, participou da audiência por videoconferência. A expectativa do Ministério Público é que ele seja condenado.

“Confiamos na sociedade de Petrolina para que haja resposta para esse crime bárbaro, covarde, muito covarde, de extrema violência à mulher. Mais um caso onde homens acham que são donos de suas companheiras e acham que têm direito agredir, de violentar e, até nesse caso, assassinar”, diz o promotor Érico de Oliveira.

Durante a manhã, as testemunhas foram ouvidas e à tarde houve debate e alegações das partes envolvidas. O julgamento terminou no início da noite. O acusado foi condenado a 14 anos e meio de prisão pelo crime. A sentença cabe recurso e Nilson Caxias segue preso.

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