Iniciativa tem promovido práticas sustentáveis e agroecológicas na região da Chapada do Araripe e da Serra do Inácio.
No semiárido pernambucano e piauiense, agricultores familiares têm sido beneficiados por meio do Programa Bem Viver no Semiárido, com tecnologias de baixo custo voltadas para o cuidado sustentável no campo. A iniciativa é desenvolvida pela Ong Chapada e conta com o apoio da Auren Energia, Fundação Banco do Brasil e Instituto Votorantim.
O agricultor Fernando Avelar, 58, é um dos contemplados pela primeira edição do programa, em 2019. Nos últimos três anos, ele tem utilizado o minhocário para aumentar a produtividade e qualidade do seu cultivo. Segundo Avelar, a prática foi fundamental para o desenvolvimento das suas plantações. “Com o minhocário consigo produzir bastante húmus, que dá para utilizar no mês inteiro. As plantas passaram a se desenvolver mais rápido já que é um adubo muito bom”, conta.
Bastante comum na agricultura familiar, o húmus é um adubo orgânico, feito a partir do processo digestivo das minhocas, conhecido por ser rico em nutrientes para as plantas e um grande aliado para a recuperação do solo. Na residência de Fernando, ele utiliza o húmus para consumo próprio e às vezes vende o excedente, aumentando a fonte de renda da sua família. “Apesar de produzir para meu consumo, costumo vender uns quilos de adubo quando sobra. Também vendo na comunidade algumas frutas, pois no meu plantio tenho uma variedade, como cajá, laranja, goiaba, pinha e acerola, que é a fruta que mais tem safras ao ano”, explicou.
A Gerente de Desenvolvimento Social e Planejamento da Auren Energia, Raquel Leite revela que além do minhocário, o programa tem compartilhado outras tecnologias de baixo custo para auxiliar no cuidado sustentável das áreas. “A região possui um solo bastante fértil, mas que necessita de tecnologias que melhorem a sua produtividade devido à escassez de água. Por isso, incentivamos a prática de compostagem e instalamos o sistema de Bioágua, garantindo a melhoria na qualidade de alimentação das famílias que agora podem consumir aquilo que plantam”, relata.