Ao cônsul-geral dos EUA, d. Claudio fala de Lula

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O cardeal brasileiro d. Cláudio Hummes atribuiu a José Dirceu a responsabilidade pelos escândalos de corrupção durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Telegramas da diplomacia americana revelam que o cardeal recebeu a visitado cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo no dia 14 de março de 2006.

Segundo o relato dos americanos, d. Cláudio insistiu que Lula “não merecia” o que estava ocorrendo. “Isso não significa que ele não soubesse o que estava ocorrendo, como ele argumenta. Mas Lula foi mal assessorado por pessoas ao seu redor com suas próprias agendas, especialmente Jose Dirceu”, afirmou.

“Essa agenda era para manter o Partido dos Trabalhadores no poder, um objetivo que exigia muito dinheiro. Para Dirceu, os fins justificam os meios. Dirceu, que é muito racional, um operador político astuto que quer ser o sucessor de Lula, usou seus poderes de governo, até mesmo a nomeação de 20 mil cargos indicados do presidente – algo sem justificativa numa democracia – para atingir seus objetivos.”

Outro ponto na conversa seria a negociação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), cujo projeto foi enterrado pelo governo Lula. O cardeal afirmou que a Igreja nunca havia sido contrária ao projeto, desde que fosse “equilibrado”. “O mundo está se tornando cada vez mais integrado e nações não podem mais se isolar”, teria dito o brasileiro.

Naquele mesmo ano, em 29 de março, d. Cláudio ainda seria recebido pelos diplomatas americanos no Vaticano para mais uma conversa. Dessa vez, lamentou as baixas taxas de crescimento da economia brasileira e a incapacidade do País de seguir o caminho de China e Índia. Disse que o Brasil precisava se focar na “educação, livre mercado e no fortalecimento de acordos comerciais, como a Alca”.

Procurado pelo Estado, d. Cláudio disse que as revelações são antigas e não ia comentá-las.

Fonte: MSN.com

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