O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, diz ter recebido com surpresa a decisão do Tribunal de Disciplina da Conmebol de punir Neymar com quatro jogos de suspensão pelos incidentes acontecidos na derrota para a Colômbia, na última quarta-feira, no estádio Monumental, em Santiago. Segundo a súmula da partida, o atacante deu uma bolada em Armero, tentou uma cabeçada em Murillo e teria ofendido o árbitro Enrique Osses no túnel para o vestiário.
Carlô, como é conhecido, pretende ingressar com o recurso neste sábado. Segundo ele, o objetivo é reduzir a pena para apenas uma partida.
O craque do Barcelona ficaria, assim, de fora apenas do confronto com a Venezuela, no próximo domingo, que define o futuro do Brasil na Copa América.
A Conmebol afirma, no entanto, que a punição mínima é de três compromissos. Ela vale apenas para o campeonato – não inclui as Eliminatórias. O caminho para a CBF seria desqualificar a acusação de agressão verbal.
“É uma pena rigorosa demais, exacerbada e que foge de todos os parâmetros. Em nossa defesa, abordamos todos os aspectos, ressaltando que ambos os cartões foram injustos e ainda relatando a postura da arbitragem que desestabilizou nosso atleta”, explica Carlos Lopes ao ESPN.com.br.
Neymar também recebeu multa de US$ 10 mil.
“Confio na examinação do recurso. A meu ver, uma suspensão de um jogo estaria de acordo com o que aconteceu. Essa é uma pena que foge até mesmo do que costumam aplicar Uefa e Fifa”, completa.
O uruguaio Adrián Leiza, vice-presidente do Tribunal de Disciplina da Conmebol, foi o responsável por conduzir o caso ao lado do boliviano Alberto Lozada. O brasileiro Caio Cesar Rocha, que comanda o órgão, e o colombiano Orlando Morales ficaram de fora do caso por envolver os seus países, assim como o chileno Carlos Tapia, já que o árbitro é seu compatriota Enrique Osses também era ligado ao processo.
O colombiano Carlos Bacca, também envolvido na confusão, levou punição de duas partidas.